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Comunicação

Discurso das marcas divide consumidores

Pesquisa da MindMiners aponta que 55% das pessoas acham que marcas falam sobre diversidade e representatividade apenas para "sair bem na foto"


25 de julho de 2018 - 15h12

Representatividade e diversidade são assuntos que, em maior ou menor grau, entraram na pauta da comunicação das marcas dos últimos anos. Na tentativa de acompanhar as demandas sociais da atualidade, muitos anunciantes tentaram adotar elementos e linguagem que gerasse maior identificação com quem está recebendo a mensagem. Mas será que as marcas estão realmente conseguindo causar essa impressão?

Na tentativa de responder essa e outros questões relativas à percepção do consumidor a respeito das campanhas publicitárias, a MindMiners elaborou um estudo intitulado “Publicidade e Propaganda na Visão dos Consumidores”, que ouviu mais de mil pessoas, de todo o Brasil, para detectar opiniões a respeito da impressão que as mensagens publicitárias causam.

Uma área dessa pesquisa foi dedicada especialmente à questão de diversidade e representatividade. A MindMiners questionou aos consumidores com que frequência eles se sentem representados pela publicidade brasileira. As respostas mostraram que as opiniões estão divididas: 46% declarou que se sente representado na maioria das vezes, enquanto 34% respondeu o contrário – que se sente representado na minoria das vezes em que assiste a comerciais. Ainda nessa questão, 11% responderam que se sentem sempre representados enquanto 7% disseram que nunca se sentem representados. Um percentual semelhante a esse foi obtido quando a pesquisa questiona se o consumidor acha que a população brasileira é representada pela propaganda. Veja:

 

(Crédito: MindMIners)

Os consumidores percebem que as marcas estão fazendo movimentos para tentar mostrar mais diversidade em sua comunicação (64% admitem que, ao menos um pouco, notam essa mudança). As intenções por trás dessa tentativa, porém, ainda são alvo de dúvidas. Para 55% das pessoas, a abordagem diversa é apenas uma abordagem de fachada, para demonstrar um comprometimento com a sociedade que, de fato, não existe.

(Crédito: MindMiners)

Apesar dessa desconfiança em relação ao propósito da marca, a publicidade ainda tem um impacto importante na decisão do consumidor: 77% dos entrevistados assumiram que já compraram algum produto depois de terem sido impactados por um anúncio. Quando questionados a respeito do impacto que a publicidade possui no papel de consumidor, a maior parte declarou que ele é positivo (48%). Para 31%, o impacto da publicidade para seu papel como consumidor é indiferente e apenas; 6% disseram que é negativo; 1% que é muito negativo enquanto 15% afirmaram que o impacto da publicidade é altamente positivo.

Na opinião de Rodrigo Patah, analista de marketing e de produto da MindMiners, é interessante observar a visão crítica dos consumidores. “É interessante notar que os consumidores veem a propaganda como algo positivo, como um meio de conhecerem mais a fundo os produtos e serviços disponíveis no mercado e assim tomarem melhores decisões de consumo. Ainda assim, mantém uma visão crítica a respeito da diversidade e representatividade. Embora o consumidor reconheça a publicidade como algo positivo, há vários sinais de que as marcas deveriam ouvi-lo mais ao produzir suas campanhas”, sugere.

Melhores lembranças
Outra parte da pesquisa foi dedicada a extrair a percepção do consumidor a respeito do trabalho feitos pelas marcas na publicidade. A MindMiners questionou os entrevistados qual era a empresa que mais fazia anúncios publicitários, em sua opinião. A Coca-Cola foi a campeã, seguida do Itaú. As duas marcas também foram, nessa ordem, as mais citadas quando o estudo questionou quais empresas faziam a melhor publicidade. Veja:

 

 

(Crédito: MindMiners)

Ainda em relação às lembranças deixadas pela publicidade, o personagem de campanha mais lembrado pelos entrevistados foi o Garoto Bombril, da Bombril (que já deixou de ser usado na comunicação da marca há alguns anos). Já o jingle mais lembrado é o do refrigerante Dolly. Veja:

(Crédito: MindMIners)

 

(Crédito: MindMiners)

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