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Comunicação

Dez profissionais de comunicação de 2013

Meio & Mensagem aponta dez profissionais de comunicação (em ordem alfabética) que se destacaram durante o ano


17 de dezembro de 2013 - 4h40

Anselmo Ramos

Principal responsável pela reputação criativa desfrutada pela Ogilvy & Mather Brasil e pela equipe que desenvolveu cases como “Retratos da real beleza”, para a Dove, e “Fãs imortais”, para o Sport Club Recife, o vice-presidente nacional de criação Anselmo Ramos volta à lista dos Profissionais de Comunicação do Ano de Meio & Mensagem, na única repetição em relação aos destaques de 2012. Se no ano passado já chamavam a atenção as conquistas de escritório mais premiado da rede no mundo e do terceiro lugar no ranking Agency of the Year de Cannes, em 2013 o time liderado por Ramos se superou e surpreendeu o mundo. O reconhecimento à liderança criativa do profissional acentuou-se, com sua inclusão nas principais listas de destaques da publicidade mundial. Foi eleito pela Creativity o único brasileiro entre as 50 personalidades que mais influenciaram a propaganda, tecnologia e entretenimento. Pela Business Insider, foi considerado o sexto mais criativo do mundo. Na lista dos 50 executivos imprescindíveis para suas empresas, elaborada pela Adweek, Ramos aparece em 20o lugar. E ainda fechou o ano como CCO mais premiado de 2013 no ranking da Creativity — seguido de PJ Pereira e Marcello Serpa. “Foi o melhor ano da minha carreira disparado. Um ano de excessos e exageros. Só não entrei na lista dos mais sexies”, brinca.

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Ezra Geld

Depois de dois anos como diretor-geral da JWT, Ezra Geld foi promovido, em julho, a presidente da agência, em substituição a Stefano Zunino, que passou a responder como head digital global e manteve o posto de chairman do Grupo JWT no Brasil, onde, além da agência principal, a rede do WPP controla a digital Casa, a especializada em search i-Cherry e a novata Mutato, focada em conteúdo. “De uma forma geral, 2013 foi complicado para a economia e o mercado de comunicação. Entretanto, não estávamos vislumbrando um ano fantástico, nos preparamos para isso. Mas estou feliz em dobro, pois na JWT conseguimos fortalecer nossa cultura e ainda conquistamos sete contas”, comemora Geld, se referindo a Live TIM, Tramontina, Raia Drogasil, Nokia (alinhamento global), Master Blenders (Café Pilão, Caboclo e Senseo), Avon e Line. Geld acredita que 2014 será um ano de consolidação no atendimento a esses novos clientes. Formado em história econômica e social pelas universidades de Cornell, nos Estados Unidos, e Bristol, na Inglaterra, Geld iniciou sua carreira na área de mídia. Começou estagiando na PHD de Londres, durante a quase uma década que viveu no exterior. Em 2004, de volta ao Brasil, ingressou na JWT como diretor de pesquisa de mídia. Em 2011, foi promovido a diretor-geral.

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Felipe Vellasco, o Vellas

O diretor Felipe Vellasco, conhecido como Vellas, esteve por trás das lentes de dois dos maiores sucessos da publicidade brasileira em 2013: “Alma” e “Vem pra rua”. Integrante do casting da Sentimental Filmes, atua como diretor de filmes há sete anos — antes, fez carreira como diretor de arte em agências como Ogilvy e DM9DDB. Criado pela F/Nazca S&S para Leica Store, “Alma” é um dos trabalhos brasileiros mais premiados do ano. Entre diversos prêmios, conquistou 5 Leões no Festival Internacional de Criatividade de Cannes (1 Ouro, 2 Pratas e 2 Bronzes). “Isso abriu muitas portas para mim no Brasil e também internacionalmente”, comenta. Por esse filme, Vellas foi incluído na lista do New Directors’ Showcase da S&S. Já “Vem pra rua”, criado pela Leo Burnett Tailor Made para Fiat, ganhou notoriedade quando teve seu slogan adotado pelos manifestantes dos protestos de junho. Agora Vellas está em busca de projetos maiores para seguir sua carreira internacional junto à Somesuch & Co., produtora que o representa na Europa.

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Fred Saldanha

Inovação reconhecida em festivais, como Cannes e Prêmio MaxiMídia. Criatividade de grande repercussão, como nas campanhas “Faroeste Caboclo no Notícias Populares” e “Vem Sean Penn”. E tecnologia à serviço dos consumidores, como nos projetos “Sky Rec” e “Fiat Live Store”. O invejável portfólio de trabalhos criados em 2013 pela AgênciaClick Isobar é prova do acerto na escolha do novo líder criativo da agência: o português Fred Saldanha, que assumiu a vice-presidência da área em meados do ano passado. “Este é o meu primeiro ano focado 100% no ambiente digital. Depois de 20 anos de carreira no mundo off, me redescobri na profissão. O mundo digital dá muitas possibilidades para as marcas e a propaganda acaba se reinventando”, frisa. Para ele, ações como as desenvolvidas pela Click em 2013 mostram que a propaganda pode ser muito mais que informação, promoção ou entretenimento. “Ela pode ser um serviço, um movimento ou uma causa importante na vida das pessoas”, acredita. Saldanha passou a atuar no Brasil em 1996, tendo ficado um ano e meio na DM9DDB. Depois retornou à Portugal, trabalhou na Inglaterra (na W+K Londres) e há sete anos está de volta a São Paulo, tendo passado por DM9 e Ogilvy antes de chegar à Click.

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Guga Valente

CEO do maior conglomerado nacional de agências, Guga Valente conduziu em 2013 dois dos mais importantes movimentos do mercado: a venda de 20% do Grupo ABC para o fundo Kinea, do Itaú, e a compra do controle acionário da CDN, uma das líderes do segmento de relações públicas. O aporte de R$ 170 milhões do Kinea, em abril, visou acelerar a expansão do ABC, especialmente por meio de aquisições, e também o desenvolvimento e melhor aparelhamento das 15 empresas que compõem a holding, sendo que as maiores são Africa e DM9DDB. O negócio não inclui a XYZ Live, empresa de entretenimento lançada em abril de 2011 e que fez o chamado spin off em agosto do mesmo ano, ganhando independência de gestão em relação à holding. A principal consequência da chegada do novo sócio foi a compra da CDN, em setembro. O negócio deixou o ABC próximo de fechar 2013 com receita de R$ 1 bilhão. “Para os próximos anos, eu acredito que possamos duplicar de tamanho. A entrada do Kinea nos traz expertise financeira, governança e recursos que balizarão o projeto de expansão do grupo nos próximos anos”, avalia Valente.

José Henrique Borghi

No primeiro ano após a saída, em julho de 2012, do também fundador Erh Ray, seu sócio havia dez anos, José Henrique Borghi não só conseguiu manter a renomeada Borghi/Lowe em ascensão, como somou conquistas muito relevantes. Chegaram à agência as contas de Omo, Subway, Votorantim, Fini, Casa&Ví­deo e Rede Globo. “Somos bastante famintos, muito agressivos em prospecções e temos uma grande ambição”, diz Borghi. A agência presidida por ele ainda venceu duas das concorrências públicas mais importantes e polpudas de 2013: manteve o atendimento à Caixa (dividida com Artplan, Heads e Nova/SB) e entrou para o time da BR Distribuidora (ao lado da NBS). Esta última conta motivou a abertura de uma base no Rio de Janeiro. “Tivemos um crescimento gigantesco neste ano em São Paulo, com contas muito boas. Em Brasília chegamos há seis anos e já temos uma equipe com 70 pessoas. E se olharmos o Rio, onde não tínhamos operação, há um potencial maior ainda”, conclui.

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Marcelo Passos

Em 2013, Marcelo Passos ajudou a fundar o Grupo de Atendimento (GA), que levou anos e várias tentativas em vão para sair do papel; tornou-se o primeiro presidente da entidade; trocou a direção geral de atendimento da Africa, onde estava havia cinco anos, pela vice-presidência da área na DM9DDB; e conquistou o Prêmio Caboré na categoria Profissional de Atendimento — coruja que se soma à conquistada em 2011 na mesma área. O ano agitado ficará marcado sobretudo pelo esforço de valorização da atividade de atendimento, que andava um tanto apagada em relação aos outros três pilares da publicidade: criação, mídia e planejamento. Como presidente do GA, Passos encabeça a luta para formatar uma nova geração de executivos por meio de uma agenda de cursos e eventos, como o GA Summit 2013, realizado na semana passada. “O profissional de atendimento é um articulador, é como uma bússola que dá as direções tanto para o cliente quanto para a agência”, define.

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Marcelo Tripoli

Após 11 anos de trabalho com a iThink, Marcelo Tripoli ganhou, no início deste ano, reconhecimento internacional pelo seu empenho. A rede SapientNitro, quarta maior digital do mundo, adquiriu 81% das ações da agência, uma das últimas grandes independentes do mercado nacional, marcando a volta da rede ao Brasil após três anos. A Sapient­Nitro havia deixado o País em abril de 2010, após o fim da parceria com a Santa Clara, ocasionado pela falta de sintonia entre a agência brasileira e a Sapient, que se tornou controladora da Nitro em junho de 2009. Agora o objetivo é ser a maior agência digital em faturamento no País. Para isso, Tripoli, mantido como CEO do escritório brasileiro, explica que 2013 foi um ano de transição. “Todos os posicionamentos, metodologias e maneiras de lidar com o mercado da multinacional foram passados para a equipe brasileira. Introduzimos esses processos e ajustamos de forma que funcione no mercado local. Começaremos 2014 apenas com a marca SapientNitro, preparados para combinar os atributos que fizeram a iThink reconhecida com os trazidos pela rede internacional”, ressalta.

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PJ Pereira

Fundada em abril de 2008 em São Francisco, a Pereira&O’Dell vinha dando indícios de que se tornaria uma das marcas da elite da publicidade dos Estados Unidos. Um deles foi a inclusão na A-List do Advertising Age no começo deste ano. Entretanto, com os três Grand Prix conquistados no Festival de Cannes com o case “The beauty inside”, criado para Intel e Toshiba, a agência liderada pelo brasileiro PJ Pereira garantiu, de vez, seu lugar no primeiro time da reputação criativa mundial. “Foi um ano incrível. Crescemos e solidificamos nosso trabalho. O mercado internacional e o brasileiro têm procurado novas formas de pensar a propaganda, mais como conteúdo do que como interrupção, e isso sim tem nos impulsionado para frente. Ou a propaganda vale o tempo do consumidor ou nada mais importa”, acredita Pereira. A agência inaugurou sua nova sede em São Paulo e abriu escritório no Rio de Janeiro, fechando o ano com conquistas importantes no mercado nacional, como Perdigão, Natura e Whirpool. Para reter e atrair mais talentos, os sócios iniciaram processo de diminuição na participação acionária do Grupo ABC, que deve cair de 51% para 30%, abrindo espaço para que as ações sejam remanejadas para executivos da agência.

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Ricardo Monteiro

Em junho de 2013, o executivo português Ricardo Monteiro, discreto e não tão conhecido no mercado brasileiro, viu ampliada sua responsabilidade sobre a operação nacional do Havas ao assumir o cargo de country manager da holding, liderando uma equipe de 450 funcionários e cerca de cem clientes. A mudança quebrou um paradigma das duas principais redes do grupo no Brasil, HVS e Havas, que sempre mantiveram lideranças independentes. A unificação resolveu um problema que a rede ganhou após a saída de Ricardo Reis e André Zimmermann do comando de Z+ e Media Contacts, as empresas do HVS. Um dos primeiros movimentos de Monteiro, que já era CEO da rede Havas, foi a fusão da Media Contacts com a Havas World­wide Digital (ex-Euro 4D), criando a Havas­ Digital. Seu maior desafio, no entanto, foi manter a conta de Hyundai Motor Brasil na Z+, após acirrada disputa com Borghi/Lowe, David e DM9DDB. Trata-se do maior cliente da agência.

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