TV programática é o futuro da publicidade
Em painel na Advertising Week, executivos de agências preveem a compra de mídia na televisão a partir de dados obtidos com a tecnologia programática
Em painel na Advertising Week, executivos de agências preveem a compra de mídia na televisão a partir de dados obtidos com a tecnologia programática
Meio & Mensagem
1 de outubro de 2014 - 2h47
(*) Por Alexandra Bruell, do Advertising Age
A compra programática – processo de compra de mídia usando tecnologia automatizada – transformou a forma com a qual anunciantes, agências e empresas compram e vendem inventários digitais. A televisão é a próxima a passar por mudanças, segundo as previsões dos executivos de agências no painel "TV programática, a próxima grande fronteira da publicidade", apresentado durante a 11ª edição da Advertising Week, feira de publicidade que ocorre nesta semana em Nova York.
A compra programática representa até 5% da compra da televisão em 2015, com crescimento esperado para os próximos anos. Isso está bem acima de apenas cerca de 1% que se poderia prever.
Dan Ackerman, VP de compra programática para TV da AOL, enfatizou que a compra para televisão e para digital são diferentes. A primeira não é necessariamente relacionada à automatização das transações, como acontece muitas vezes com o inventário digital. Em vez disso, é definida como a compra de inventários com base nos dados obtidos a partir da tecnologia programática.
Entre os palestrantes também estavam Kris Magel, diretor de investimentos da Interpublic, Doug Ray, presidente global da Carat, e Joseph Abruzzo, vice-presidente executivo da Havas. De acordo com Magel, a compra programática para TV já está presente na TV a cabo e por satélite local, embora ainda em seus primórdios, e os canais de televisão nacionais apenas agora estão se abrindo para o mercado. Segundo ele, alguns dos canais provavelmente não querem ser identificados, uma vez que se preocupam que o movimento seja entendido como a privatização da televisão.
Enquanto isso, os executivos que trabalham com TV programática têm peixes maiores para pescar: as estatísticas. A televisão precisa se desenvolver a partir das estatísticas tradicionais e demografia com base na idade para garantir impressões contra públicos específicos, concordaram os participantes.
"Os modelos ajudam a mostrar como as impressões digitais contribuem para o desempenho das vendas", disse Abruzzo. "Uma vez que você entende isso, poderá combinar as impressões [na TV]", acredita.
“Nós temos a capacidade de entender que um programa está entregando o público correto no CPM certo", disse Ray. “Não estamos negociando isso ou garantindo impressões contra esses tipos de público. Gostaria muito de ser a primeira agência, ou ter um cliente, negociados por metas de marketing", completa.
Para isso, é necessário que haja mais clareza em relação ao valor do inventário de baixa demanda, que muitas vezes se misturam com o de alta demanda, acrescentou. Uma melhor data e base de compra de público poderia mudar a demanda e o valor.
"Do ponto de vista da monetização, ele permite que canais a cabo e fornecedores de redes móveis conquistem mais rendimento do que inventário”, disse ele. "Isso nos permite não apenas reunir um monte de inventários e esperar que seja bom para os clientes, mas sim, ser capaz de negociar por um inventário específico que tenha valor para os clientes."
"Nós devemos ir em direção a uma multiplataforma, e usar estatísticas e dados da Nielsen para nos certificarmos de que estamos mensurando TV, digital e móvel com uma fonte que é mais precisa possível, através da tela, idade e gênero. Depois podemos focar nos clientes”, disse Magel.
Tradução: Amanda Boucault
Compartilhe
Veja também
Old Parr convida Post Malone a conhecer sofrência do sertanejo
Em esquenta para a participação do rapper no festival VillaMix, marca inicia ação para mobilizar cantor a ouvir clássicos do gênero
Petlove quer conscientizar sobre os perigos dos fogos para os pets
Campanha intitulada “Chega de Fogos 2024” conta com levantamento sobre impactos do barulho dos rojões para os animais