Bucareste não é Budapeste

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Comunicação

Bucareste não é Budapeste

O encontro global dos Creative Social na capital da Romênia prometia diversão


9 de dezembro de 2014 - 9h15

* Por Mauro Cavalletti, chief integration officer da JWT

Vampiros, hackers e ciganos. Até minha chegada em Bucareste, era tudo o que eu conseguia pensar sobre a Romênia. Nada mal: o encontro global dos Creative Social em Bucareste prometia diversão. Comunidade formada por mais de 200 líderes criativos espalhados pelo mundo, quase todos com raízes no digital, o grupo fundado por Mark Chalmers e Daniele Fiandaca se encontra uma ou duas vezes por ano, cada vez em uma cidade diferente para dividir experiências e conhecer outros criativos locais e seus trabalhos.

Os concorridos encontros globais são limitados a 40 participantes. “Número ideal para encontros desta natureza”, como bem disse algum membro ilustre. Como sempre, iniciamos o trabalho com microapresentações de nossos próprios trabalhos, em rodadas de não mais de três minutos cada um. É um momento poderoso, quando você descobre que o cara sentado ao seu lado fez uma campanha genial, uma instalação desconcertante ou um novo modelo de agência que está bombando em algum lugar do mundo. Depois não se fala mais nisso e caímos de cabeça no trabalho dos criativos locais por dois dias. Nossos anfitriões da McCann Romena, liderados pelo ECD Adrian Botan, abriram a sessão com uma genial campanha para Nestlé – “Bucareste não é Budapeste”. Em seguida nos inspiraram com um surpreendente desfile de empreendedores, inventores, designers de moda, músicos, curadores, cineastas e a melhor culinária local. É nessa hora que a coisa pega e as cabeças criativas começam a girar.

O encontro deste ano foi especial, uma vez que o Creative Social completa uma década de existência. Ao longo deste tempo, muita coisa aconteceu e não aconteceu. A televisão não desapareceu, os computadores vieram para nossos bolsos e o digital virou mainstream. Realmente, o digital virou e os membros do CS viraram junto com ele. Dez anos depois, olhar para trás é tão importante quanto olhar para frente – a trajetória de alguns membros conta a estória da indústria com riqueza emocional; a mudança na composição do grupo, de encontro para encontro, também. A entrada de novos empreendedores, criativos independentes, inovadores seriais continua a todo vapor.

Ao final do encontro, não vimos nenhum vampiro. Entre os convidados, conhecemos um megaguru de cyber segurança, talento inato nacional suportado pelo amor cultural à matemática (caixinha dos hackers, OK). O cantor pop cigano, celebridade nacional que iria apresentar-se para o grupo, furou o compromisso. Como sempre, saí no lucro quanto às minhas expectativas. Agora é voltar para o próprio umbigo e esperar pelo line-up do encontro de 2015 em Sidney. Até lá, socials.

* A partir de janeiro, Mauro Cavalletti passa a integrar o time de articulistas fixos do Meio & Mensagem, publicando um artigo por mês. Ele se junta a Andre Kassu, sócio e CCO da CP+B Brasil, Gian Martinez, cofundador da Coca-Cola Accelerator, e Eduardo Tracanella, superintendente de marketing do Itaú, que também estreia em janeiro.

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