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Comunicação

Princípio programático vale para outras coisas

Pode ser bem interessante exercitar como seria a mídia ?programática de todas as coisas, lugares e momentos?


29 de julho de 2015 - 8h28

Por Flavia Campos

A mídia programática tem no real time um de seus grandes ativos. Não é à toa que ela vem ganhando holofotes nas discussões sobre como interagir com as pessoas no ambiente digital sem interrompê-las, sem invadir territórios pessoais e intransferíveis e, principalmente, sendo relevante.

Considerando que tanto no ambiente digital quanto fora dele, até as pessoas mais monotemáticas são impactadas por diferentes acontecimentos diários, pode ser bem interessante exercitar como seria a mídia “programática de todas as coisas, lugares e momentos”.

Vivemos numa sociedade que debate mais, que não tem medo de falar sobre assuntos antes considerados polêmicos e que tem nas mãos os meios de que precisa para se expressar e tentar influenciar os outros. Somos insistentemente impactados por novos acontecimentos o tempo todo.

Tantos estímulos nos levam a mudar de ideia, a reconsiderar decisões e a repensar hábitos e planos com muito mais frequência que antigamente. Essas mudanças de rota são “cliques transformadores” que chegam sem aviso prévio e que nos ajudam a transformar conteúdo, informação e experiências em ações práticas que trarão algum benefício para as nossas vidas.

Uma das coisas mais importantes que as discussões sobre a mídia programática traz à tona, é que, assim como no ambiente digital, fora dele o mapa mental que leva as pessoas a fazerem determinadas escolhas não é previsível, e também é influenciado pelo ambiente externo e as conexões e rupturas que ele promove.

O princípio da mídia programática pode ser bem aplicado, por exemplo, na indústria de embalagens. Se mais de 70% dos produtos apresentados em um supermercado não têm qualquer apoio de marketing, dependendo única e exclusivamente da embalagem para se comunicar com o consumidor, por que não fazer dela um veículo de conteúdo interessante com convite ao diálogo? Afinal, num mesmo lugar temos produtos a serem vendidos e pessoas que estão ali unicamente para comprar. Um belo cenário para uma marca que sabe usar tecnologia, big data, geolocalização, tempo real e motivações claras de compra como gatilhos para impactar as pessoas na hora certa, do jeito certo e no momento mais oportuno.

Precisamos revisitar todos os dias o nosso jeito de abordar as pessoas, oferecendo a elas novos percursos e novas razões que justifiquem o consumo em suas vidas.

A Adidas encontrou um jeito lindo de se fazer muito bem-vinda num momento importante do dia para seu público por meio do aplicativo “Adidas Go”. Ele ajusta as músicas do Spotify ao ritmo da corrida do atleta sem interrupções, sem mudanças bruscas de assunto e com grande naturalidade. Se por algum motivo esse usuário se sentir motivado a mudar a intensidade do treino, a Adidas muda automaticamente a intensidade da música. Isso é atitude de marca empenhada em entregar para as pessoas o que elas precisam, do jeito certo, no momento exato.

É interessante exercitar mais efetivamente o princípio do real time e dos “cliques transformadores” no desenvolvimento de produtos, plataformas de relacionamento, nos diferentes canais de vendas, na criação de apps e de qualquer outra coisa que tenha o propósito de ser realmente importante para alguém.

O lugar onde vamos nos conectar com as pessoas é fundamental, mas o que realmente vamos oferecer a elas neste espaço e como a oferta será feita, será cada dia mais vital para as marcas. Pelo menos, para aquelas que buscam a lealdade do seu público.

(*) Flavia Campos é head de planejamento da Artplan São Paulo
 

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