Para brasileiros, marcas são desonestas
Estudo da Cohn & Wolfe detectou déficit de autenticidade de marcas em vários mercados, no entanto, aquelas consideradas autênticas têm fidelidade e recomendação do consumidor
Estudo da Cohn & Wolfe detectou déficit de autenticidade de marcas em vários mercados, no entanto, aquelas consideradas autênticas têm fidelidade e recomendação do consumidor
Meio & Mensagem
2 de maio de 2016 - 12h48
Nada menos que 81% dos consumidores brasileiros ouvidos na 4ª edição do estudo global Authentic Brands e Authentic 100, realizado pela Cohn & Wolfe, avaliaram que as marcas não são “abertas e honestas”. Os 19% que acreditam na abertura e honestidade das marcas representam um índice abaixo da média global, que é de 22%.
Por outro lado, 92% dos participantes brasileiros da mostra afirmam que recompensariam uma marca autêntica – o que o consumidor detecta a partir de sua experiência e não de discursos das marcas – sendo fiéis ou mesmo recomendando-a a outros consumidores.
No estudo, realizado em 14 mercados, reunindo 1.600 marcas e 12 mil consumidores, também foram feitos rankings das 100 marcas consideradas mais autênticas em cada mercado e globalmente. Os elementos mais importantes considerados pelos coordenadores da pesquisa foram se a marca era: 1) “Confiável”: Consumidores reconhecem como autênticas marcas que “entregam o que prometem” e têm “alta qualidade”; 2) “Respeitosa”: Marcas que “tratam bem” e “protegem os dados e a privacidade” dos consumidores – uma preocupação em todos os mercados, e 3) “Real”: alta percepção de ser “honesta” e “age com integridade”.
Os setores de bens de consumo, tecnologia e automotivo são os que mais têm marcas autênticas. Na lista brasileira, estão entre as dez mais autênticas O Boticário, Bombril, Johnson & Johnson, Nestlé, Apple, Microsoft, Google, Brastemp, Adidas e Natura (veja abaixo as listas completas das 100 mais autênticas no extrato brasileiro e no âmbito global).
Entre as principais conclusões do estudo estão o fato de que existe certo ceticismo mundial em relação às marcas; privacidade é importante, o que ficou evidente com a briga entre Apple e FBI; há oportunidade para ampliar negócios, com os consumidores que tendem a recompensar marcas autênticas; e autenticidade é uma experiência pessoal, significando que os consumidores buscam provas de que podem confiar em uma marca.
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