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Consumidor corta lazer, mas mantém beleza

Pesquisa do SPC Brasil aponta que 70% das pessoas fazem compras desnecessárias para cuidar da aparência


1 de agosto de 2016 - 12h13

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Cuidar da beleza é visto como algo essencial pelos consumidores brasileiros, mas é preciso cuidado para não estourar o orçamento

Pode não ser num passeio que o brasileiro irá exibir sua vaidade, afinal, está cortando gastos em lazer, mas não é por isso que deixa de investir em beleza e estética. É o que aponta um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com a pesquisa, 13% dos brasileiros estão inadimplentes porque gastaram mais do que podiam com produtos de beleza, 70% fazem compras desnecessárias para cuidar da aparência e 39%, por conta disso, deixaram de poupar – o percentual sobe entre mulheres (51,4%), na faixa etária entre 18 e 34 anos (53,4%) e classe C (42,4%).

Dos que se endividaram por conta de gastos com beleza isso ocorreu por conta de compras de roupas, calçados, acessórios, cosméticos, maquiagem, tratamentos estéticos e odontológicos; 10,8% dos consumidores já deixaram de pagar alguma conta para arcar com cuidados com beleza. Entre as mulheres, o percentual sobre para 14,8% e também é um pouco maior junto à classe C (12,3%).

Entre os que confessaram gastar desnecessariamente com itens de beleza, o percentual é ainda maior entre mulheres (79,2%) e classe C (73%). Os produtos que tiram as pessoas da linha nesse caso são, principalmente, roupas, calçados e acessórios (37,1%), seguidos por cuidados com os cabelos (25,6%) e cosméticos e maquiagem (23,8%). Um número alto de pessoas – 76,9% dos respondentes – disseram já ter comprado algo que nunca usaram ou usaram somente por alguns dias. E para 43,7% dos consumidores gastar mais com produtos e beleza é um recurso para levantar a autoestima em momentos de depressão.

A crise econômica fez os brasileiros cortarem custos em passeios para bares e restaurantes (35,4%), viagens (30,9%) e compra de roupas, acessórios e sapatos (29,2%). Depois, vêm TV por assinatura (19,7%) e em quinto lugar, telefonia fixa e celular (18,8%). Deixar de gastar com produtos de beleza e serviços de estética apareceu como opção para as pessoas somente em 6º lugar, com 16,7% das menções.

Na lista do que fica ou sai da cesta de compras do brasileiro, cinema e teatro (16,5%), despesas do lar (13,9%) e compras de doces, salgadinhos e bebidas (13,2%) estão mais propensos a sair do que academia (11,3%), cosméticos (6,8%) e tratamentos em clínicas de estética (6,4%).

O estudo, feito em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), ouviu 790 consumidores, de ambos os gêneros, todas as classes sociais e estados da Federação, e acima de 18 anos. A margem de erro apontada é de 3,5 pontos percentuais e margem de confiança de 95%.

 

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