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Marketing

Mercado não acredita na eficiência do Pokémon Go

Pesquisa da Câmara Americana de Comércio com 275 profissionais de marketing mostra que, apesar da visibilidade, o game traz pouco impacto comercial para marcas


26 de agosto de 2016 - 10h19

Todo o ruído em torno do game Pokémon Go, que tem sido chamado de “fenômeno” por muitos, em função de seu sucesso mundial, pode não necessariamente trazer impacto comercial para marcas. Esa é a conclusão de uma pesquisa feita pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) com 275 profissionais de marketing durante seu Fórum de Marketing, promovido na semana passada, em São Paulo.

De acordo com a pesquisa, apesar da grande visibilidade, o “Pokemon Go” traz baixo impacto comercial para marcas. Do total de participantes do levantamento, 58% avaliaram como pontual o retorno de ações de marketing atreladas a fenômenos digitais, como o do jogo da Nintendo. Outros 31% dos entrevistados informaram acreditar em retorno significativo tanto comercialmente como de relevância de marca. Uma parcela de 10% avalia como insignificativo o retorno.

Os entrevistados avaliam que hoje o maior impacto do digital está no redesenho do perfil do profissional de marketing e na reestruturação das empresas para atender à mudança cultural do consumidor. Em 79% das empresas, a estrutura do departamento e núcleo de marketing ainda não acompanhou totalmente as transformações do mundo digital. No caso de 39% delas, a jornada digital da companhia ainda requer grandes ajustes de estrutura, recursos e colaboradores. Outros 15% não iniciaram a readequação, e 8% já se enxerga totalmente online.

Além disso, na avaliação de 76%, o atual modelo de formação brasileiro não está adequado à nova demanda de mercado. Como resultado do descompasso entre formação e mercado, segundo 91%, marcas e agências devem viver cenário de guerra por talentos e escassez de mão de obra. Para 61%, hoje a demanda ainda está controlada, mas a tendência no curto prazo é de falta de profissionais, em virtude também da retomada da economia. Outros 31% enxergam já no presente uma demanda aquecida e com escassez de pessoas.

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