Isaque Criscuolo
1 de novembro de 2016 - 22h19
É mais comum do que você imagina alguém confundir vegetarianismo com veganismo. Para alguns pode até ser a mesma coisa, mas na prática são bem diferentes. Enquanto um vegetariano é quem adota uma dieta à base de vegetais, sem carne; o vegano é alguém que vive uma filosofia de respeito aos direitos dos animais e do meio ambiente. Além de não consumir produtos de origem animal, o vegano está preocupado com a maneira que extraímos os recursos e com a forma que a agropecuária encontrou para atender à demanda de seu mercado consumidor. Veganismo não é dieta, mas uma ética relacionada ao papel que cumprimos no meio ambiente. Diferenças à parte, a preocupação de uma parcela da população com hábitos de alimentação saudáveis e sustentáveis tem aproximado consumidores de perfis bem diversos e expandido o mercado de produtos veganos.
O Brasil é o quinto maior mercado de alimentos e bebidas saudáveis do mundo, vendendo em 2015 cerca de US$ 27,5 bilhões, de acordo com um levantamento da Euromonitor. Somos também o País com a maior média anual de crescimento do setor, na casa dos 20%, enquanto o mercado mundial está em 8%. Apenas de 2009 a 2014 o setor de produtos saudáveis cresceu 98% no Brasil. Além disso, 49% dos consumidores brasileiros se preocupam com a alimentação saudável, segundo pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (Apas), realizada em parceria com Nielsen e Kantar Worldpanel, divulgada em maio.
O mercado de orgânicos em terras tupiniquins já movimenta R$ 2,5 bilhões, de acordo com o Projeto Organics Brasil, desenvolvido pelo Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex–Brasil). A previsão é de que o setor cresça 30% em 2016, chegando a um faturamento de R$ 3,2 bilhões.
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