Ben & Jerry’s amplia ações de diversidade e ocupação urbana
A sorveteria fundada nos Estados Unidos planeja movimentos maiores para a defesa da causa LGBT e de ações envolvendo a cidade nos próximos anos
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Thaís Monteiro
7 de março de 2017 - 11h33
Já faz mais de dois anos que a sorveteria Ben & Jerry’s chegou ao Brasil, mais especificamente à Rua Oscar Freire, na região de Pinheiros, em São Paulo. Sua movimentação como uma marca americana para se introduzir aos brasileiros começou com o estabelecimento de princípios e características básicas e alocais: favorável à ocupação urbana e apreciadora de um estilo alternativo.
André Lopes, diretor de marketing e negócios da Ben & Jerry’s no Brasil explica que, segundo os padrões da empresa, depois de aberta a a primeira loja, foi a hora de começar a criar uma reputação do empreendimento no País. Então, no dia 28 de setembro de 2014 e no mês seguinte, as ações para promover a marca foram uma mistura de piquenique de rua com música alternativa e petições para a abertura do Parque Augusta. Esses recursos foram prévias da atuação da marca no Brasil, visto que o movimento pela criação de parques urbanos se tornou uma das colaborações mais recorrentes da Ben & Jerry’s junto à causa LGBT+.
“Existem dois tipos de justiça que a marca prega, tanto interna quanto externamente: a justiça climática (que envolve o espaço) e a social.”, enumera André. Foi alternando-se entre essas duas bases fundamentais que a Ben & Jerry’s fez suas ativações e promoção de debates no Brasil em parceria com organizações de sua confiança, como a Minha Sampa – rede que promove debates urbanos e de direitos humanos na cidade de São Paulo – e a Casa 1 – abrigo para pessoas LGBT+ expulsas de casa. “Nós nunca promovemos uma discussão do zero. Sempre estamos em contato com organizações e estudamos antes de criar eventos específico”, justifica o diretor.
Depois de um início evidenciando a justiça climática, em discussões sobre o Parque Minhocão e Augusta, em 2017 a marca voltou suas ativações majoritariamente para a causa LGBT+. No dia 20 de fevereiro, sorveterias estabelecidas em São Paulo e Rio de Janeiro reverteram o dinheiro arrecadado nas vendas do sorvete sabor Chocolate Chip Cookie Dough para a Casa 1. Também em fevereiro, um casamento gay foi promovido durante um bloquinho de carnaval junto a cantora Gretchen. “A gente brinca que só quem casou 7 vezes, pode dizer o que é um amor verdadeiro”, ri André. As ativações de carnaval foram feitas pela agência SOKO, relações públicas da marca.
http://giphy.com/gifs/3ohzdWsL7xAHJXbrgY
Segundo o diretor, a campanha do carnaval se assemelha ao modo como a Ben & Jerry’s planeja manter sua atuação este ano – unindo diversão ao viés político da pauta tratada – e debuta o começo de novas parcerias com a Casa 1. Já em relação à ocupação urbana, André mantém sigilo, mas anuncia que uma grande campanha sobre o assunto que irá consolidar todo o debate da marca sobre ocupação da cidade, mobilidade e fontes renováveis de energia está previsto para os próximos dois meses. Em junho de 2015, a marca realizou, a pedido de dois clientes, um casamento gay dentro da loja na Oscar Freire.
Esse forte envolvimento com a marca nos lugares em que se estabelecem é algo herdado dos primeiros anos da primeira sorveteria aberta nos Estados Unidos, onde os funcionários eram de orientações sexuais diferentes uns dos outros e a questão climática de cuidado ao meio ambiente sempre foi tratada de forma responsável. “Nós costumamos dizer que a gente luta por um mundo melhor e vende sorvete por coincidência”, brinca André.
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