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Coca-Cola muda direção e anuncia CGO

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Marketing

Coca-Cola muda direção e anuncia CGO

O CMO Marcos de Quinto deixa a empresa após mais de quinze anos e Francisco Crespo assume como Chief Growth Officer


23 de março de 2017 - 10h48

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O CMO Marcos de Quinto (último à direita) deixa a empresa após mais de quinze anos e o mexicano Francisco Crespo (penúltimo à direita) assume como CGO (Divulgação)

O diretor global de marketing da Coca-Cola, Marcos De Quinto, está deixando a empresa após mais de quinze anos. O espanhol foi responsável por conduzir o processo de mudança de conceito da Coca-Cola de “Abra a Felicidade” para “Sinta o Sabor”. De Quinto assumiu o cargo de líder de marketing em janeiro de 2015, após 14 anos liderando a unidade de negócios Iberia da Coca-Cola que cobre Espanha e Portugal.

A saída de De Quinto foi anunciada na manhã desta quinta-feira, 23, juntamente com uma série de outras mudanças na direção da empresa que ocorrem sob o contexto da chegada de James Quincey, atual diretor de operações da Coca-Cola, ao cargo de CEO em maio. Quincey substituirá Muhtar Kent que se aposenta após conduzir a empresa nos últimos nove anos.

A Coca-Cola anunciou também a criação do cargo de Chief Growth Officer (CGO) que será ocupado por Francisco Crespo, executivo que está há 28 anos na empresa e atualmente é presidente da unidade de negócios da Coca-Cola no México. A empresa afirma que De Quinto decidiu se aposentar. Não foi anunciado um substituto direto para a vaga do executivo. “As decisões sobre quem vai ocupar a direção de marketing serão tomadas por Crespo nos próximos meses”, diz a empresa, em nota.

Segundo a Coca-Cola, sob a liderança de Crespo estará a combinação de marketing, liderança e estratégia de negócios e clientes em uma “função que tem o objetivo de impulsionar o crescimento em cinco categorias estratégias da empresa. “Estamos nos movendo rapidamente para estruturar nossa organização e garantir que possamos responder às necessidades em rápida mudança de nossos consumidores, clientes e mercados em todo mundo”, disse Quincey.

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Marcos De Quinto deixa o cargo após mais de quinze anos (Divulgação)

As mudanças na direção da companhia ocorrem em um momento que a Coca-Cola projeta queda em seu lucro previsto para 2017 em função de aumento de gastos em vendas de operações na América do Norte onde vive um processo de desinvestimento focado em operações estratégicas. No quarto trimestre de 2016, a empresa registrou queda de 1% nas vendas globais atribuídos ao processo de inflação em países latino-americanos. Outro fator que pressiona a companhia é a queda no consumo de refrigerantes em meio ao movimento de saudabilidade e a opção dos consumidores por bebidas consideradas mais saudáveis.

Robert Long, atual vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento, vai assumir o cargo de Chief Innovation Officer (CIO). “Isso também indica nosso objetivo em acelerar o crescimento baseado na mudança de comportamento dos consumidores e nos processos de inovação dentro dos nossos principais segmentos”, diz o comunicado.

Novo conceito e atenção com a marca

Em visita ao Brasil, em janeiro deste ano, Marco De Quinto justificou os motivos de a empresa ter reformulado sua marca adotando o mesmo design para Coca-Cola Zero, Stevia e Original. Na ocasião, De Quinto reforçou que as mudanças tinham relação em alinhar a marca às novas demandas dos consumidores. “A reformulação do nosso portfólio tem total ligação com o esforço de redução de açúcar. Isso implica não apenas mudanças na fórmula, como também na comunicação. A estratégia de marca única é um passo para fazermos a transição dos produtos originais para os produtos com baixo teor de açúcar. O problema não é com a Coca-Cola, mas com o açúcar dentro dela”, afirmou de Quinto, ao Meio & Mensagem.

O executivo também comentou como foi o processo de mudança de conceito da Coca-Cola de “Abra a Felicidade” para “Sinta o Sabor”. “Abra a felicidade” já não entregava o que era necessário mediante as mudanças sociais e de consumo. A Coca-Cola prometeu uma mudança significativa na capacidade de distribuição da empresa no Brasil e afirma que as mudanças estão baseadas na demanda do público por soluções que permitam equilíbrio na alimentação.

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