Facebook discute tendências até 2020
Projeto "20 shifts for 2020" analisa mudanças que poderão impactar o mercado até 2020
Projeto "20 shifts for 2020" analisa mudanças que poderão impactar o mercado até 2020
Isabella Lessa
25 de abril de 2017 - 7h30
O Facebook IQ, time de análises e estudos do Facebook, apresenta a primeira parte da série 20 shifts for 2020, com cinco tendências que nortearão os próximos três anos do mercado de comunicação e marketing. Ao todo, a rede social irá mapear 20 tendências com base em um cenário que irá se consolidar em 2020: até lá, o número de pessoas com celulares será superior ao de indivíduos com água corrente ou eletricidade em casa, afirma a empresa.
E, pela primeira vez na história, a população conectada à internet irá ultrapassar a parcela sem acesso à rede. O mobile será responsável por metade das vendas de e-commerce nos EUA e os millennials representarão metade da força de trabalho global, mas não no atendimento ao consumidor, pois 85% desse tipo de serviço será realizado sem a presença de humanos.
A partir dessas constatações, a equipe do Facebook IQ preparou um material com o intuito de ajudar agências e anunciantes a acelerarem as mudanças iminentes pelas quais a indústria e a sociedade irão passar ao longo dos próximos 30 meses. “O 20 shifts for 2020″ veio de várias conversas que temos com nossos parceiros. Com frequência, eles nos perguntam sobre futuro, atitudes, mundo conectado e como resultado compilamos, por meio de uma análise interna de dados, as mudanças que vão continuar sendo centrais nos próximos anos”, afirma Ann Mack, diretora de marketing insights do Facebook. As cinco primeiras tendências listadas abaixo concentram-se no embaralhamento das tradicionais e históricas barreiras causadas por fatores que vão da mudança da percepção dos gêneros à dualidade entre global e local.
1. Identidades omniculturais: a tecnologia expõe as pessoas a perspectivas mais variadas e, com isso, as permite que explorem identidades multifacetadas. Cada vez mais, as pessoas irão rejeitar limites tradicionais e aderir a formas de autoidentificação mais personalizadas, complexas e fluidas. Mudanças em áreas como gênero, maternidade e paternidade e pertencimento linguístico sairão do nicho. Segundo Ann, as marcas podem pensar mais em outras tipos para expandir a relevância perante o público. “Como repensar os pronomes com que chamam os consumidores, por exemplo”, diz.
2. Novas negociações: vamos entrar em uma nova era de negociação contínua, uma vez que a tecnologia oferece novas possibilidades, controles e vantagens tanto para pessoas como para negócios. Por outro lado, o público passa a exigir mais das marcas, tanto do serviço quanto do produto. Para Ann, as marcas precisam fechar o gap entre expectativa e entrega. “Pense no Uber: para conseguir transporte agora, a pessoa está disposta a aceitar a tarifa dinâmica. Muitas vezes os consumidores pagarão mais ou fazer parte pelo free shipping ou para receber serviços gratuitos no futuro”, comenta.
3. Próxima geração trabalhadora: millenials crescem em tamanho e influência e vão definir o futuro do trabalho. Na visão de Ann, essa “next generation workforce” será responsável por trazer mais flexibilidade e empreendedorismo para as organizações, algo que já está começando a se delinear no mercado hoje. “Definitivamente, estamos quebrando barreiras, estamos fazendo mais colaborações em tempo real. E isso é muito poderoso. Boas ideias podem vir de qualquer lugar. Os millennials estão mais empoderados”, avalia. O estudo afirma ainda que, embora muitos estudos sobre essa geração sejam confusos e contraditórios, esse público parece ter uma visão estratégica bastante clara.
4. Além da idade: as pessoas expandem as perspectivas de envelhecimento nos mercados ocidentais. “Os 60 são os novos 50 e os 50 são os novos 40. As pessoas estão começando novos capítulos quando se aposentam e usando suas conexões sociais para começar um novo desafio nessa fase da vida”, afirma Ann.
5. Comprando perto e longe: por um lado, as pessoas irão valorizar cada vez mais a cultura e comércio local. Por outro, os consumidores irão adquirir produtos de outras partes do mundo. “No Brasil, quase 60% das pessoas estão conectadas a empresas em outro país. De maneira geral, os consumidores descobrindo novos negócios todos os dias. É isso que é fascinante, quebrar barreiras que existiam antes. A tecnologia está permitindo que esse produtores locais entrem em novos mercados nunca imaginados”, observa Ann.
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