Amazon anuncia compromisso para combater aquecimento global
O CEO da companhia, Jeff Bezos, anunciou um plano para tornar a empresa neutra em carbono até 2040, começando pela adoção de veículos totalmente elétricos para entregas
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BuscarO CEO da companhia, Jeff Bezos, anunciou um plano para tornar a empresa neutra em carbono até 2040, começando pela adoção de veículos totalmente elétricos para entregas
19 de setembro de 2019 - 13h33
A Amazon anunciou nesta quinta-feira, 19, um compromisso para se tornar neutra em carbono até 2040. A empresa é a primeira a assinar um pacto global chamado Climate Pledge, cujo objetivo é estimular empresas a criarem metas e acompanharem indicadores de emissão de gases estufa.
O primeiro esforço da Amazon é a aquisição de 100 mil caminhões elétricos para utilização em entregas. A empresa investiu US$ 440 milhões na Rivian, empresa que fabrica os caminhões. A expectativa é de que os veículos elétricos comecem a circular em 2021 nos Estados Unidos.
Com o novo compromisso, a Amazon quer alinhar a estratégia da empresa aos objetivos do Acordo de Paris. De acordo com o The New York Times, o CEO Jeff Bezos estaria preocupado com as previsões determinadas por cientistas sobre o aquecimento global. “As previsões sempre foram ruins, mas o que está acontecendo é desastroso”, disse ele ao jornal. Ele disse ainda que a Amazon deve pressionar seus parceiros de negócio para que adotem metas similares. “Queremos usar nossa escala para liderar essa jornada”, disse Bezos em um encontro com jornalistas nos Estados Unidos.
Segundo o CEO, cerca de 40% da energia utilizada pela companhia vem de fontes renováveis, mas o objetivo é elevar esse índice para 80% até 2024, e para 100% até 2030.
O compromisso da Amazon foi divulgado em um momento estratégico, uma vez que mais de 1,5 mil funcionários da empresa planejam um protesto nesta sexta-feira, 20, para pressionar a companhia a ser mais agressiva em sua resposta ao aquecimento global. Entre as cobranças dos colaboradores, está um pedido para que a Amazon zere suas emissões de carbono até 2030; para que deixe de oferecer serviços de nuvem a indústrias de combustíveis fósseis, os quais as ajudam a encontrar e extrair mais recursos naturais; e para que deixe de doar verbas para campanhas de políticos que negam o aquecimento global.
Segundo Bezos, no entanto, parar de vender serviços para companhias de petróleo e gás estaria fora dos planos. Ele também afirmou que a companhia está averiguando com cuidado o destino de suas doações políticas, e daqui para frente fará uma avaliação caso-a-caso de respostas de políticos ao aquecimento global.
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