O exemplo da HP, Philips e P&G
Marcas mostram suas estratégias de logística reversa para promover o descarte correto do lixo eletrônico
Marcas mostram suas estratégias de logística reversa para promover o descarte correto do lixo eletrônico
Janaina Langsdorff
24 de agosto de 2012 - 8h50
Pilhas, computadores e lâmpadas. A importância desses produtos é inegável na vida moderna, mas como reduzir o impacto desses poluentes na natureza ? A logística reversa é uma das alternativas cada vez mais endossadas pela marcas. Na Hewlett-Packard, por exemplo, o cliente pode solicitar a retirada gratuita do aparelho pelo site da empresa, serviço disponível também para os itens de impressão, que contam ainda com ecobins espalhados pelas HP Stores, lojas da Kalunga, Saraiva e futuramente também no Carrefour.
“Os produtos passam por processos de manufatura reversa e retornam como matéria-prima para a reinserção em novos produtos ou em outros segmentos industriais”, diz Kami Saidi, diretor de operações e sustentabilidade ambiental da HP, que em 1987, reciclou seu primeiro computador. Dois anos depois, passou a utilizar a logística reversa inicialmente para recolher baterias, seguidas depois pelos toners e hardwares. Já os cartuchos são reciclados por uma central com capacidade para receber mais de 1,2 milhão de unidades ao ano. Atualmente, a HP soma 900 mil toneladas de produtos e suprimentos de impressão reutilizados.
Esse modelo é seguido também pela Philips. Sensibilizar as pessoas, economizar energia e dobrar, até 2015, a coleta de produtos para reciclagem são as três metas atualmente em vigor. Em 2011, a empresa coletou cerca de 300 toneladas de itens, entre eletroeletrônicos, produtos de consumo, monitores, aparelhos de raio-x e ultrassom, recolhidos em lojas de assistência técnica, no Carrefour e em estações do metrô. “Discutimos hoje com o governo um sistema coletivo para recolher também as lâmpadas”, acrescenta Marcio Quintino, diretor de sustentabilidade da Philips Brasil.
Consciência limpa
A atuação da Philips atende à Resolução 401/08 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), norma obedecida também pela Procter & Gamble, fabricante das pilhas Duracell. “Desde novembro de 2010, postos de recebimento estão disponíveis em supermercados e redes de assistência técnica. Além disso, as pilhas Duracell não possuem adição de mercúrio em sua composição”, informa a P&G por meio de comunicado. Produção, consumo e preservação do meio ambiente. Como resolver essa equação sem comprometer o crescimento econômico ? Esse é o maior dilema da sustentabilidade hoje. Enquanto essas questões tardam para serem respondidas, algumas iniciativas pontuais buscam inspirar novos seguidores na tentativa de aliviar o sofrimento do planeta.
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