Os mais influentes entre jovens do Brasil
Pesquisa inédita e exclusiva aponta as 20 personalidades mais admiradas por adolescentes; dez já são youtubers
Pesquisa inédita e exclusiva aponta as 20 personalidades mais admiradas por adolescentes; dez já são youtubers
Igor Ribeiro
11 de janeiro de 2016 - 11h32
A pesquisa "Os novos influenciadores: quem brilha na tela dos jovens brasileiros" indica as personalidades de vídeo mais admiradas por adolescentes de 14 a 17 anos em seis regiões do País. Realizada pela Provokers para Google e Meio & Mensagem entre outubro e novembro de 2015, o estudo contou com mil entrevistados que apontaram, entre seus preferidos, diversos produtores de conteúdo independentes que fizeram fama no YouTube. Veja nos gráficos abaixo os top 20.
“A pesquisa aponta a força dessas novas celebridades”, afirma Susana Ayarza, diretora de marketing B2B do Google no Brasil. “Eventualmente, elas ainda não têm um alcance tão forte quanto as da TV, mas geram um engajamento muito intenso.”
A pesquisa procurou por jovens conectados e com hábito de assistir à TV. Pediu que indicassem espontaneamente cinco nomes de personalidades de cinema, vídeo online e televisão mais admirados. Atletas e músicos não foram considerados, por terem um tipo de exposição em vídeo muito diferente de youtubers e atores e demandarem, portanto, medidas de visibilidade que não são comparáveis. “Se a gente quer medir influência, tem de entender que ela tem dois grandes pesos”, explica Thais Bernardes, coordenadora de market insights do Google Brasil. “Uma é ter a capacidade real de mobilizar e engajar; a outra é uma medida mínima de alcance, segundo a visibilidade adequada.”
O estudo reforça a influência da TV e de sua sazonalidade – a maior parte das personalidades apontadas faziam parte do elenco de atrações de sucesso à época da pesquisa. “A TV ainda tem e terá muito tempo de influência, afinal um horário nobre da Globo atinge pessoas no Brasil inteiro de forma muito rápida”, contextualiza Eco Moliterno, diretor-executivo de criação da Africa. Mas o estudo também aponta o crescimento das celebridades digitais, que possuem milhões de seguidores nas mídias sociais e, não raro, também têm aparecido na televisão tradicional.
Além da faixa etária e do hábito de ver televisão, a amostragem da Provokers considerou classes A, B e C, pelo poder de consumo, da capital e do interior do estado de São Paulo, além das cidades de Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Salvador. Uma série de características foram apresentadas aos entrevistados para ajudar a determinar os fatores mais e menos importantes que formam uma celebridade. Desses resultados foi construído um ranking de relevância, em que se destacaram autenticidade (15%), originalidade (13%), senso de humor (13%) e inteligência (12%).
Veja a seguir as listas dos maiores influenciadores segundo a pesquisa. A íntegra desta reportagem está publicada na edição 1692, de 11 de janeiro, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.
Após ser construído um ranking específico das características mais valorizadas pelos jovens, essas qualidades foram atribuídas pelos próprios às personalidades. A seguir, a pesquisa avaliou o grau de admiração numa perspectiva piramidal. Na base, estão aqueles nomes de amplo conhecimento, porém com pouco engajamento e, no topo, o inverso. Os atributos anteriores foram cruzados com a avaliação de visibilidade para definir um vetor de influência, segundo um score de zero a cem.
Para Luciana Corrêa, coordenadora e pesquisadora da área Famílias e Tecnologia, do ESPM Media Lab, o fenômeno da influência e do engajamento deve ser observado segundo os parâmetros de legitimidade: o público adolescente investe seu tempo nos youtubers porque se enxerga neles e valoriza atributos como autenticidade e transparência. “Essas gerações têm ainda mais sensibilidade para diferenciar o que é falso do que é verdadeiro. Para eles, a celebridade não está tão distante assim, é alguém que ele encontraria na rua”, afirma a pesquisadora.
Leia mais análises sobre este tema na reportagem completa, publicada na edição 1692, de 11 de janeiro, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.
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