Vida longa ao Orkut
Ao contrário das previsões de especialistas, rede social não apenas está distante de acabar como ainda lidera, com imensa folga, a preferência dos internautas brasileiros
Ao contrário das previsões de especialistas, rede social não apenas está distante de acabar como ainda lidera, com imensa folga, a preferência dos internautas brasileiros
Bárbara Sacchitiello
16 de maio de 2011 - 10h13
Ele já foi o assunto (e a rede social) dominante entre os internautas brasileiros. No último ano, entretanto, com o crescimento da penetração do Facebook e a chegada de outras redes sociais, o Orkut parecia, segundo alguns especialistas, ter seus dias contados. Apenas parecia.
A mais recente pesquisa F/Radar – realizada pela agência de publicidade F/Nazca em parceria com o instituto Datafolha com o objetivo de mapear o uso da internet e o consumo de mídia no Brasil – mostra que a rede social não apenas sobrevive como continua ganhando, esmagadoramente, no quesito de preferência dos internautas.
De acordo com os números da pesquisa, 80% dos internautas do País acessam o Orkut. Para efeito de comparação, o Facebook ainda é acessado por apenas 14% desse universo de internautas. O estudo F/Radar foi realizado com 2.203 pessoas, de 146 municípios brasileiros, em novembro do ano passado.
Além de preferir o Orkut, os internautas também dedicam a ele um maior tempo. Setenta por cento dos entrevistados garantem que é nessa rede social que eles passam o maior tempo enquanto navegam na internet. O Orkut também é o segundo site mais acessado por aqueles que possuem internet móvel (16% dos pesquisados). Pelo celular, o Orkut só perde em audiência para o MSN (ferramenta de troca de mensagens instantâneas da Microsoft), que é acessado por 37,5% do total de donos de smartphones e celulares com acesso à web.
No embalo dos amigos
Para José Augusto Porto, diretor nacional de planejamento da agência F/Nazca, uma das razões que explica a predominância do Orkut é o efeito dominó do círculo de amigos. Segundo ele, por mais que algumas pessoas estejam, gradativamente, migrando para o Facebook e outras redes, elas não abandonam o Orkut pelo fato de seus amigos e colegas ainda estarem alí. “As pessoas estão onde os amigos estão. Isso vale tanto para o mundo real quanto para o virtual. O Orkut vem fazendo esforços para se modernizar, ampliar suas ferramentas e isso também vem surtindo efeito. Acredito que boa parte dos usuários do Orkut migrará para o Facebook. Mas não será de maneira repentina e nem tão rápido”, opina Porto.
O executivo avalia que esses dados são bastante uteis para auxiliar as marcas e agências que buscam criar eficientes ações no Orkut, no Facebook e nas demais comunidades virtuais. “As redes sociais são como uma festa de amigos para a qual as marcas não forma convidadas”, ilustra ele. “Para se fazer notar é preciso entrar com cautela, conquistas a confiança de quem está ali presente e oferecer algo que os internautas queiram ver”, complementa.
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