Netflix lança serviço no Brasil sem equipe local
A empresa de locação virtual de vídeos terá apenas suporte em território nacional; preço, de R$ 14,99/mês, é superior ao da brasileira Netmovies, que cobra R$ 9,99/mês
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5 de setembro de 2011 - 3h12
A Netflix, maior locadora física e online do mundo, anunciou nesta segunda-feira, 5, sua chegada ao Brasil. O co-fundador e CEO da empresa, Reed Hastings, que também faz parte dos boards da Microsoft e do Facebook, elogiou a adesão do País a redes sociais como o Orkut e Facebook e a serviços como Skype e YouTube para dimensionar o quanto o brasileiro gosta de acessar internet e, principalmente, gosta de vídeos.
A empresa concorrerá, no Brasil, com players nacionais como Netmovies (cuja mensalidade, que dá acesso a 3,5 mil títulos online, é de R$ 9,99), Saraiva Digital e Terra (serviço de locação virtual). E, ainda, tem serviços equivalentes no cabo, com o Now, da Net, e no satélite, com o Sky On Demand, ambos de locação virtual. Para marcar a chegada ao Brasil, lança campanha na TV (feita pela Media Edge) e para internet (a IMS é a agência digital de toda a América Latina e Brasil). Como mote promocional, o primeiro mês é gratuito para degustação para qualquer usuário.
Hastings minimizou esses concorrentes e afirmou que a Netflix, assim como o Skype, YouTube e Facebook, é um serviço global de internet. Também não quantificou a quantidade de títulos disponíveis para o usuário brasileiro. O preço, de R$ 14,99 mensais, dá acesso ilimitado ao acervo online da Netflix. Diferentemente dos Estados Unidos, no Brasil a Netflix trabalhará apenas com locação virtual, e não como locadora física (como o faz a Netmovies). “O conteúdo evoluirá assim como aconteceu nos Estados Unidos”, afirmou Hastings ao ser questionado sobre o acervo de filmes e séries antigos e sobre a ausência de conteúdo nacional massivo (como o das novelas da Rede Globo, por exemplo). “Temos uma grande seleção que cresce a cada momento”, disse. Do Brasil, o único conteúdo nacional disponível até agora é da TV Bandeirantes.
A empresa tem contratos de licenciamento no Brasil para oferecer conteúdo de estúdios como Paramount, Sony, NBC Universal International Television, ABC, CBS, Dorimedia, MGM, Liosgate, Summit, Miramax, Relativity, BBC,Televisa, Telemundo, TV Azteca, Caracol, Telefe e Disney. Para dispositivos, o serviço da Netflix pode ser acessado por meio de computadores conectados com banda larga e também nos consoles PS2 e PS3 da Sony, e no Wii, da Nintendo. Em breve, deverá estar disponível nas smart TVs da Samsung e da LG e também no Xbox, da Microsoft, e no iPhone e iPad. “Assim como em outros países, levaremos para outros fabricantes de smart TV como Philips, Sony, Toshiba e todos os demais”, disse o CEO. Quanto ao conteúdo, será expandido gradativamente. Hastings espera que até o final deste ano seja duplicado o número de horas disponível para o Brasil.
A Netflix tem 25 milhões de assinantes nos Estados Unidos e Canadá. Além do lançamento do serviço no Brasil, a empresa chegará a 42 países da América Latina e Caribe. Neste mês de setembro, a empresa anuncia o início da operação na Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, México e, depois, América Central e Caribe.
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