A estratégia do Grupo Bandeirantes nos EUA
Mário Baccei, vice-presidente de rádio do Grupo Bandeirantes, fala sobre a abertura de uma afiliada em Orlando, na Flórida
Mário Baccei, vice-presidente de rádio do Grupo Bandeirantes, fala sobre a abertura de uma afiliada em Orlando, na Flórida
Luiz Gustavo Pacete
11 de fevereiro de 2016 - 10h02
Em abril, o Grupo Bandeirantes dá início a uma expansão internacional com sua rede de rádios.
A Brasil Radio, em Orlando, na Flórida, transmitirá conteúdo das rádios Bandeirantes e BandNewsFM, além de produzir conteúdo local.
Mário Baccei, vice-presidente de rádio do Grupo Bandeirantes, responsável pelas emissoras Band FM, Nativa, Rádio Bandeirantes, Band News FM, SulAmérica Trânsito e Bradesco Esportes FM, fala sobre a estratégia internacional do grupo.
“Nosso objetivo é ter uma rede de afiliadas nos Estados Unidos”, diz o executivo que, a despeito do dólar alto e da crise atual, acredita que o investimento no mercado americano trará resultados no médio prazo.
Meio & Mensagem — Como se inicia a expansão internacional do grupo, neste ano?
Mário Baccei — Estrearemos em abril em Orlando. Eu sempre tive um desejo de sair do Brasil. Sempre falei em abrir rádios nos Estados Unidos e Europa. Mas alguém já me disse: “que graça tem investir em uma rádio sendo que a pessoa pode ouvir na internet?” Eu respondo: “que graça tem o cara estar em outro país ouvindo o trânsito da marginal de São Paulo?” Que graça tem só ouvir informações do teu país natal? Claro que tem importância, mas é necessário mesclar. Por isso, estamos investindo em uma afiliada e não apenas em ter uma rádio na internet.
M&M — Como será a divisão de programação entre conteúdo local e brasileiro?
Baccei — Teremos 50% de conteúdo que sairá do Brasil e a outra metade local de jornalismo, esporte, trânsito e entretenimento. Minha estrutura comercial será de responsabilidade do Cafifa Media Group, meu parceiro em Orlando. Ele é dono de duas frequências AM 810 e FM 93,1. Ele vai vender e faturar por lá e exportar para o Brasil algum anunciante quando necessário. O mesmo acontece aqui. Vamos vender para marcas brasileiras e, quando necessário, exportar para lá.
M&M — Desde 2012 você fala de ir para os Estados Unidos e Portugal. Por que segurou o projeto e lançou em um momento em que o dólar está alto e o número de brasileiros viajando e investindo diminuiu?
Baccei — A oportunidade apareceu agora. Não é fácil encontrar um parceiro e encontramos um que conhece o mercado e vai nos ajudar na criação de uma rede. Orlando tem 30 mil brasileiros morando e cerca de 800 mil viajando ao ano, isso é o que importa neste momento. Entendemos as dificuldades econômicas, mas olhamos o longo prazo. Vamos expandir essa rede para Boston, onde há um número significativo de brasileiros. Em três anos, o plano é expandir nossa rede naquele País.
M&M — Já existem projetos comerciais fechados?
Baccei — Teremos uma reunião pós-Carnaval para acompanhar o plano comercial.
Estamos trabalhando para criar um projeto de incentivo e, inclusive, customizar,
ter um naming rights. Aqui no Brasil tem uma série de instituições financeiras
com interesse na região. Isso é um desejo, mas não está atrasando o lançamento. É
mais uma questão de alinhar os processos. Depois dos Estados Unidos, temos planos para Portugal, estamos conversando com um ex-narrador da casa, Odinei Edson, para ser um parceiro nosso. Portugal será uma porta de entrada para a Europa, mas ainda não há um projeto definido.
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