A inteligência por trás dos negócios

Giovana Oréfice
11 de outubro de 2024 - 17h55

Carol, da Galeria, Juliana, da Publicis, e Rita, da AlmapBBDO: as duas primeiras indicadas pela primeira vez e Rita concorreu ao prêmio em 2002 (Crédito: Divulgação)

Entender os desafios de negócio do cliente e materializar os objetivos da marca a partir do entendimento profundo das pessoas, para proporcionar um direcional estratégico pertinente e inovador é a definição da função de um profissional de estratégia, segundo Juliana Elia, vice-presidente da área na Publicis Brasil desde março do ano passado.

“Definitivamente, abandonamos a visão tradicional e burocrática de gestores de marcas para nos tornarmos agentes de transformação”, complementa. Concorrendo à coruja pela primeira vez, ela defende que a função evoluiu de solucionadores de problemas para se tornar aquela que, de fato, cria oportunidades a partir da visão do que é possível ser feito. Em experiências anteriores, a profissional fez carreira na Isobar e na Tequila\TBWA Advertising Agency, em Londres e em São Paulo.

Já Carol Mello, sócia e chief strategy officer (CSO) da Galeria, afirma que a estratégia é também estar a par dos movimentos culturais e suas reverberações. Para ela, a fragmentação e quantidade de dados fizeram com que a função do estrategista crescesse. “São necessárias mais conexões dentre as infinitas possibilidades. Costurar decisões por tantas variáveis, entre canais, expressões, fandoms, formatos e outros, é um desafio diário do profissional de estratégia”, diz.

Também indicada pela primeira vez ao Caboré, Carol migrou de cliente para agência quando a área de planejamento ainda engatinhava no Brasil, acumulando passagens pelo Young & Rubicam Group, Grey Group e Africa.

Para Rita Almeida, head de estratégia da AlmapBBDO, o momento atual é de construção. Ela acompanhou de perto a transformação da área ao longo dos anos e evoluiu junto às agências. Rita concorreu ao Caboré em 2002, quando as áreas de atendimento e planejamento constituíam uma única categoria. À época, a head era parte da sociedade da consultoria Cor Inovação, fundada em 2007. Além disso, ajudou a fundar, com 13 amigos, o Grupo de Planejamento.

“Estamos aqui para pensar marcas e suas ofertas. O caminho futuro é se misturar às outras áreas e entender a estratégia, criação e mídia como um Lego que se completa, atuando juntos”, afirma. Além disso, faz um alerta para que a profundidade nas análises não seja perdida. “Não é fazer, é fazer bem-feito. Não é coletar insights numéricos sobre as pessoas, é ouvi-las com atenção, não importa como e em qual canal, mas ouvi-las com calma para chegarmos insights realmente transformadores para suas vidas”, conclui.