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As fontes de inspiração dos indicados a Profissional de Criação

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As fontes de inspiração dos indicados a Profissional de Criação

André Kassu (CP+B), Felipe Cury (Le Pub) e Rodrigo Almeida (Artplan) contam como se mantêm inspirados para ter ideias


9 de outubro de 2024 - 17h47

André Kassu, da CP+B, Rodrigo Almeida (Monte), da Artplan, e Felipe Cury, da Le Pub, concorrem à coruja na categoria Profissional de Criação (Crédito: Divulgação)

Em uma sociedade marcada pela fragmentação da atenção, a partir do surgimento quase diário de novos meios e canais, a quantidade de pontos de contato entre marcas e consumidores se multiplica em ritmo igualmente acelerado. Manter-se inspirado e continuar tendo ideias autênticas, nesse contexto, é uma tarefa ainda mais desafiadora. 

Os três indicados ao Caboré 2024 na categoria Profissional de Criação conhecem de perto essa realidade. Indicado pela segunda vez, André Kassu, sócio e chief creative officer (CCO) da CP+B Brasil, reconhece que a quantidade absurda de informações impõe ao criativo a capacidade de “destilar o que realmente importa”.

Para ele, isso não significa filtrar demais, mas estar aberto a diferentes referências – seja um vídeo de TikTok, um livro de filosofia, uma música diferente do habitual ou um grafite na rua. “Tudo pode ser fonte de inspiração se olharmos com curiosidade e mente aberta. Eu acredito muito na curiosidade como uma força motriz. E acho que o maior inimigo da curiosidade é a confusão de que consumir muito conteúdo é um sinal de que estamos aprendendo algo”. 

O CCO da Artplan, Rodrigo Almeida, conhecido como Monte, está concorrendo à premiação pela primeira vez, e acredita que o fluxo de conteúdo também pode manter o profissional ainda mais criativo, porque tudo pode ser um estímulo na hora certa. “Com relação a ser fonte de inspiração, para mim, vale tudo, da última trend nas redes sociais à conversa da mesa ao lado no restaurante. Tenho mania de tentar ouvir”.

Por outro lado, Felipe Cury, sócio e CCO da LePub São Paulo, afirma que fugir do excesso e não contribuir para ele é um bom caminho para se manter criativo na atualidade. Para ele, a vida é um bom exemplo de como pensar em conteúdo. “Aquela pessoa que se mete em tudo, quer responder qualquer coisa mais rápida, vira chata e irrelevante. E com marca é a mesma coisa”. 

Em outras palavras, ele defende que o mito do “speed of culture” criou a cultura da mesmice e do excesso. Ainda que as marcas precisem participar das conversas, as decisões estratégicas e criativas devem levar em consideração a pertinência e propriedade sobre os assuntos. 

“O segredo é entender onde a marca pode ser relevante, no que ela pode fazer a diferença, onde, de fato, tem um papel e a partir daí, ter como inspiração o que é relevante dentro desses filtros. Senão, é só excesso e gasto de dinheiro à toa”, arremata. 

De todo modo, para Kassu, o verdadeiro papel de um criativo é estar em constante adaptação à essência e às demandas do tempo. Logo, é fundamental estar atento às tendências de consumo, explorar novas plataformas e formatos. E, acima de tudo, ter um repertório amplo e uma mente curiosa. 

“Ser criativo hoje não é apenas sobre gerar ideias, mas, sim, sobre abrir espaço para novas linguagens e para novas formas colaborativas. É entender que ninguém cria nada sozinho”, comenta.

 

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