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Profissional de Inovação: escuta ativa e olhar diverso

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Caboré

Profissional de Inovação: escuta ativa e olhar diverso

União entre áreas, representatividade e intraempreendedorismo são catalisadores de soluções, segundo os indicados na categoria


25 de outubro de 2024 - 6h08

Cecília Varanda, Daniel Martins e Nohoa Arcanjo

Cecília Varanda, Daniel Martins e Nohoa Arcanjo: pluralidade gera inovação (crédito: divulgação)

Tecnologia, referências e eventos são elementos que complementam a agenda de assuntos e experiências necessárias ao profissional de inovação. Mas, no âmago, pouco do que pauta inovação tem relação com esses componentes. Nas diferentes áreas representadas pelos indicados deste ano — todos estreantes no Caboré —, o ato de produzir novidades e soluções para desafios novos ou pré-existentes encontra caminhos frutíferos a partir da interação humana e da diversidade de ideias, origem, raça e contexto sociocultural.

As respostas estão nas relações organizacionais para além da área criativa ou de inovação. Engenheira de formação, Cecília Varanda, gerente de inovação da Unilever Brasil, tem como missão romper estereótipos de criatividade como algo intangível ou para poucos. A inovação, diz, é uma ferramenta a que diferentes áreas da empresa podem recorrer para resolver problemas ou aproveitar oportunidades.

Há seis anos, a executiva participou da criação do hub de inovação Garagem, que visa impulsionar a cultura de inovação aberta e experimentação na Unilever. Nele, não há distinção hierárquica. O hub busca inspiração de dentro e de fora. O programa Level Up trabalha com startups. Já o Digifund e Intraverso são programas de intraempreendedorismo. Colaboradores podem se candidatar para participar de projetos de outras áreas. Assim, agilidade e intercambialidade são privilegiadas. “A escuta e a cocriação destravam o pensamento coletivo e ele é transformador”, afirma.

Como head de operações e transformação da Galeria e diretor de parcerias estratégicas da GUX, Daniel Martins também vê resultados positivos na união entre áreas no fomento à inovação. “Enquanto operações historicamente é vista como uma área mais processual, essa combinação com transformação reflete uma visão mais estratégica e integrada. Agora, tenho a oportunidade de integrar essas duas frentes para não só promover inovação, mas também impulsionar a eficiência de maneira sustentável”, explica.

Liderando 20 profissionais com formações diversas, Martins é responsável por garantir eficiência e crescimento da operação, além de trabalhar na consultoria de experiência e design de produtos e serviços digitais. O desafio atual é integrar inteligência artificial aos processos, encontrar equilíbrio entre eficiência e inovação.

“A inovação genuína surge da pluralidade de ideias e perspectivas”, divide Nohoa Arcanjo, fundadora e chief business officer da Creators.LLC. Para a executiva, os mercados de influência e inovação ainda são marcados pela falta de representatividade. Um dos desafios é garantir que influenciadores de diferentes origens tenham oportunidades iguais. Sua indicação, diz, simboliza a visibilidade e o empoderamento da mulher negra nesses mercados.

Nohoa lidera uma equipe de 18 pessoas de diferentes áreas que trabalham dados de influência em tempo real, identificação de tendências e desenvolvimento de soluções, entre outras funções. A executiva também trabalha na transição estratégica da Creators Platform para uma empresa de software aberto para que players façam gestão de campanhas de influência.

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