“Bring Home the Bud” e o poder do simples
Campanha para Budweiser que envolveu W+K São Paulo e Africa Creative garante ao Brasil o segundo Titanium de sua história no Cannes Lions
Campanha para Budweiser que envolveu W+K São Paulo e Africa Creative garante ao Brasil o segundo Titanium de sua história no Cannes Lions
Isabella Lessa
23 de junho de 2023 - 15h54
“Bring Home the Bud” nasceu de um gerenciamento de crise após a proibição de vendas de cerveja nos estádios do Catar (Crédito: Divulgação)
Pela segunda vez, o Brasil foi premiado em Titanium. A primeira foi em 2013, quando “Retratos da Real Beleza”, da Ogilvy para Dove, da Unilever, conquistou o Grand Prix da área e é a ação brasileira mais premiada da história do festival, com 18 troféus.
Nesta edição, “Bring Home the Bud”, criado pelas agências W+K Nova York, W+K São Paulo e Africa Creative, foi coroado com um dos quatro troféus da principal categoria do Cannes Lions. O projeto foi uma resposta à proibição da venda de cervejas durante a Copa do Mundo no Catar, quando a Budweiser, patrocinadora oficial, doou todo o estoque destinado ao evento para o país vencedor do torneio.
Simplicidade em tempos complexos
Um dos muitos debates da comunidade criativa no Cannes Lions deste ano foi sobre o poder que muitas vezes uma ideia simples pode ter. O segundo Titanium da história brasileira, “Bring Home the Bud”, ilustra isso, na opinião de Felipe Ribeiro, CCO da Wieden+Kennedy América Latina.
“É uma ideia que mostra o poder da simplicidade. Em tempos tão complexos, em uma situação tão complexa, a mehor representação da criatividade é a simplicicade. A gente não poderia responder a um problema dessa escala de uma forma complexa. A simplicidade permitiu que a gente tivesse uma tomada de ação rápida, e que a gente pudesse atuar no mundo inteiro, na mesma direção”, destaca.
A campanha surgiu de um gerenciamento de crise. Já que, sabendo que a Budweiser seria patrocinadora da Copa do Mundo Fifa Catar 2022, as agências começaram a pensar nas ações para o torneio quatro anos antes. Estavam planejadas iniciativas que envolveriam a participação de jogadores, artistas e mídia em mais de 70 países, além de material promocional e, claro, cerveja nos estádios.
“E, 48 horas antes, a gente foi desconvidado para essa festa. E a gente terminou fazendo uma campanha ainda mais forte, mais falada”, conta Felipe. Segundo o criativo, a situação em que a Budweiser se encontrou despertou empatia no público e, a partir da maneira com que a marca começou a responder a esse imprevisto resultou numa aproximação ainda maior com as pessoas.
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