3 Billboards Outside e a categoria Outdoor em Cannes

18 de junho de 2018 - 15h53

Segunda-feira, começa a semana e já saiu o shortlist da categoria outdoor. O Brasil teve 27 finalistas e existe uma chance enorme de você ler isso com os Leões já tendo sido divulgados ou mesmo entregues.

Legal que comece assim. Neste ano, o longa-metragem “3 Anúncios para um Crime” teve sete indicações ao Oscar e levou duas estatuetas. A história gira em torno de três outdoors que tumultuam a vida de uma cidade pequena.

A capacidade de mobilização dessa categoria só vai aumentar daqui pra frente. E você nem precisa morar em Ebbing, Missouri, (lugar onde se passa o filme) para sentir esse impacto. Nos grandes centros, superpopulosos, as transformações na mobilidade urbana acarretarãomenos motoristas e mais pedestres, e isso tornará essa mídia ainda mais relevante.

Não é fácil criar para outdoor. Os espaços são limitados e impõem muitas restrições, o que torna o uso da criatividade fundamental. Também sabemos que o reconhecimento facial e a inteligência artificial causarão uma transformação enorme.

Um dia essas tecnologias já foram ficção, como em “Minority Report”, filme com Tom Cruise, mas hoje ninguém duvida de que elas serão usadas em OOH muito em breve. Aliás, um aeroporto, se não me engano o de Singapura, já anunciou que vai recorrer a ambas para encontrar passageiros atrasados nos seus terminais e poder alertá-los a tempo. Tudo, segundo eles, visando aumentar a eficiência de sua operação. Lógico que vão comercializar isso para anunciantes.

Conversando com o Chris Garbutt, presidente do júri de Outdoor, ele me disse que transmitiria para os jurados um critério parecido com aquele que usa no seu dia a dia: três, o número mágico. Segundo Chris, toda ideia boa deve fazer quem trabalha em marketing e propaganda parar e se perguntar: 1. Como diabos pensaram nisso? 2. Como fizeram isso? 3. Como aprovaram isso?

Acho um bom critério e acredito ser um bom guia para qualquer tipo de ideia: das mais tecnológicas às mais simples. Que tal se todos nós nos fizermos as mesmas perguntas no próximo job?