A Era da Atenção
A publicidade acabou se tornando a atividade de comunicação mais fiscalizada e por isso evoluiu em confiança e transparência
A publicidade acabou se tornando a atividade de comunicação mais fiscalizada e por isso evoluiu em confiança e transparência
17 de junho de 2018 - 8h06
Vivemos a Era da Atenção. Ano XII.
Você, eu e 7 bilhões de pessoas.
A Era da Atenção começou com o aparecimento do Smartphone em 2007 (iphone).
Nessa Era da Atenção existem tantos smartphones quanto pessoas nos países.
Essas pessoas e seus hábitos geram dados o tempo todo.
E esses dados são monetizados por várias outras industrias. Inclusive a Industria da publicidade.
São a base da atual economia.
E isso acontece mesmo com smartfones desligados.
Porém quando estão ligados é muito melhor para o sistema todo.
Por isso, para que você continue olhando para a tela e gerando dados os filtros acabaram.
Qualquer pessoa publica qualquer história sem nenhuma grande responsabilidade.
As Fake News inundaram o nosso dia a dia.
Milhões de vídeos são postados a cada momento.
Influenciadores falam sobre qualquer coisa sem nenhum compromisso.
Os likes e a bolha-social vão dando as doses diárias de serotonina e bem-estar
e os algoritmos utilizam o canto da sereia para que a sua atenção esteja toda imersa na tela.
A Era da Atenção é exatamente assim.
Quase uma terra de ninguém aonde vale tudo para chamar a sua atenção.
Quase.
Com algumas exceções: A arte e a publicidade.
Ambas utilizam dados também. Dados são commodities, baby. Não diferencial.
Mas de um jeito diferente.
A arte como fuga para dentro de si mesmo, da reflexão como sempre foi.
Na era da atenção a publicidade acabou sendo um refúgio ético e verdadeiro.
A publicidade precisa da atenção das pessoas para existir como negócio, mas não faz qualquer negócio para conseguir isso.
Ao contrário, tem limites.
A publicidade acabou se tornando a atividade de comunicação mais fiscalizada e por isso evoluiu em confiança e transparência.
Se houver qualquer mentira ou exagero na publicidade que ofenda qualquer pessoa, a peça, a agência e o cliente são passiveis de processo e execração publica.
Nenhuma outra fonte que disputa a atenção das pessoas é passível desse rigor. Nem o jornalismo.
Essa dificuldade. Esse desafio torna a publicidade hoje tão atraente.
A publicidade disputa a atenção com as Fake News.
A publicidade disputa a atenção com noticias verdadeiras e enviesadas ideologicamente ou comercialmente.
Disputa a atenção com milhões mensagens a cada segundo.
Mas só ela precisa ser verdadeira, apesar de toda poesia e fantasia que utilize.
Na Era da Atenção, ano XII, as marcas procuram relevância pois sabem que não podem falhar. Não podem mentir. E disputam a sua atenção naquilo que existe de melhor dentro de você.
Por isso que as marcas utilizam tanto as causas para se expressarem e comunicarem com seus clientes.
É claro que as agências em suas estratégias usam dados. E sabem como encontrar as pessoas para entregar a mensagem. Porém, a mensagem precisa ser minimamente responsável e construtiva.
Imaginem o desafio das campanhas on/off/bellow na Era da Atenção.
Imaginem o nosso desafio.
Imaginem o orgulho em fazer parte dessa indústria.
Cannes começou.
Começou o melhor do melhor que podemos fazer.
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