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Diário de Cannes

A interessância geracional

Eu não usei o suficiente para entender tanto, mas as meninas usaram e desinstalaram porque, qual a graça de fazer conteúdo de agora enquanto você trabalha no laptop, na mesa da empresa e, em tanto tempo, repetir o mesmo cenário?


20 de junho de 2023 - 10h26

Numa conversa com duas queridas colegas da Warc, um assunto foi sobre a qualidade das mídias sociais. Não o quanto elas têm de pessoas online, mas o efeito que elas normalmente causam nas pessoas:

Elas te fazem vegetar e se sentir bem?
Ou vegetar e se sentir mal?
Você cumpre uma obrigação em estar nelas?
Você se sente fazendo algo útil?

Eu tenho tido essa dúvida faz um tempo (estou até fazendo uma pesquisa no linkedin semanalmente sobre isso de curioso mesmo) e a hipótese que levanto é que a análise da qualidade da mídia deveria ser aferida pela quantidade de pessoas que saem dela bem, psicologicamente falando.

E o que mais me interessou nesse papo todo foi que elas me disseram que a geração Z já está nesse processo de desapego de mídias tóxicas. De fato, a importância que mídias como TikTok para além do que se publica, mas como ferramenta de pesquisa, de descoberta, é realmente um ponto a se prestar atenção.

E aí chegamos na Be Real, uma mídia mais recente, onde você precisa criar conteúdo “de agora” usando as duas câmeras, sem filtro e sem flozô.

Eu não usei o suficiente para entender tanto, mas as meninas usaram e desinstalaram porque, qual a graça de fazer conteúdo de agora enquanto você trabalha no laptop, na mesa da empresa e, em tanto tempo, repetir o mesmo cenário? E depois também.

A gente se olhou e disse: para quê “be real”, se a vida não é tão interessante assim para quem trabalha no modelo que trabalhamos. Não é à toa que a minha geração usa o “Be unreal”, mais conhecido como Instagram.

Bateu uma deprê de leve.

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