Uma ebulição de pessoas, um caos produtivo e saudável que mistura gente de todo tipo, credo, roupa e ambulantes vendendo as coisas mais coloridas e sem utilidade aparente que fazem sentido para esse caos e que tem vazão ali e só ali
21 de junho de 2023 - 12h27
Quem é do rio vai entender a sigla.
BG – Baixo Gávea, local sem hora para acabar, na praça Santos Dumont, perto de restaurantes históricos como o Braseiro e o falecido (que Deus o tenha) Hipódromo.
Uma ebulição de pessoas, um caos produtivo e saudável que mistura gente de todo tipo, credo, roupa e ambulantes vendendo as coisas mais coloridas e sem utilidade aparente que fazem sentido para esse caos e que tem vazão ali e só ali.
Gente, Cannes é igual. Atravessamos o oceano para viver num BG de 1 semana, com exatamente o mesmo setup e acrescentando um pouco mais de gringos à mistura.
Brincadeiras à parte, como conversei com umas amigas antes: às vezes esse clima de BG é tudo que precisamos para falar com pessoas que trabalham a 1km de distância e nunca tem tempo para falar ou não estão com cabeça para tal, porque a agenda sufoca, sobrecarrega. Esse mood é uma forma de ver, trocar, se aproximar, conhecer e reconhecer gente.
Sou feliz de ter estado em ambos os lugares e acho que precisamos encontrar / criar mais BG’s por aí, sem precisar atravessar o oceano, com mais de 10hrs sentado num avião para conseguir ver e descobrir tanta gente querida.
Não sou contra o evento, pelo contrário – apesar de ter muitos brasileiros por aqui, a gente também conhece pessoas de todo tipo, cargo e lugar de uma maneira muito peculiar, humana e informal, algo que é ouro para criarmos relações bacanas e memoráveis. É uma experiência que vale ser vivida mais de uma vez, pois a gente muda conforme vem para cá (no início é sobre aproveitar tudo da cidade e, depois, vai migrando para aproveitar as pessoas, na cidade).
Pra mim, na verdade, o maior prêmio que Cannes oferece é o Relationship Lions 🙂
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