O que será que a IA vai aprender com os seres humanos?

24 de junho de 2024 - 18h27

O Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions foi um ambiente único de discussão em 2024. Com destaque para questões cruciais relacionadas à Inteligência Artificial, criatividade e equidade de gênero, o evento foi palco de insights transformadores sobre o impacto da IA na inovação, ressaltando a necessidade de equilibrar a tecnologia com a criatividade humana. Uma das perguntas que ficam é: como podemos garantir que a IA, e a tecnologia como um todo, seja utilizada de forma ética e inclusiva, sem substituir a singularidade do pensamento humano?

Além disso, discussões sobre como a criatividade pode ser integrada no dia a dia e em iniciativas que promovam conexões autênticas com diferentes comunidades levantaram o tema da diversidade de perspectivas e narrativas. Como podemos incorporar narrativas diversas e inclusivas em nossas estratégias criativas, reconhecendo a importância da representatividade e da voz de grupos historicamente marginalizados?

No que diz respeito à equidade de gênero, o festival trouxe à tona debates sobre a necessidade de promover uma verdadeira igualdade e inclusão no cenário criativo. Como garantir que as mulheres e outros grupos sub-representados tenham participações igualitárias para compartilhar suas histórias e ideias? Como a indústria criativa pode se tornar mais inclusiva e diversificada, refletindo a sociedade de forma autêntica?

Ainda tivemos reflexões profundas sobre as implicações da IA e da liberdade de expressão no futuro da criatividade. Como podemos equilibrar a inovação trazida pela IA com a preservação da liberdade criativa e a proteção da privacidade das pessoas? Como garantir que a tecnologia seja utilizada de maneira responsável e com consciência dos impactos sociais e culturais?

A interseção entre Inteligência Artificial, criatividade e equidade de gênero no Festival ressaltou a necessidade de abordar essas questões de forma holística e colaborativa. A busca por soluções que integrem inovação, criatividade e diversidade foi um tema central, ressaltando a importância de um diálogo contínuo e da ação concreta para promover um futuro mais justo em todas as esferas da sociedade.

O que me gera uma certa inquietação é o papel humano nesse processo. Como podemos garantir que a IA absorva ensinamentos sobre equidade de nós, seres humanos, considerando os preconceitos arraigados que ainda permeiam nossa sociedade? Espero que possamos fornecer à tecnologia as bases sólidas e éticas necessárias para que ela aprenda não apenas com nossos acertos, mas principalmente com nossos erros, sendo mais veloz e mais sagaz no aprendizado do que nós estamos sendo na evolução