21 de junho de 2017 - 9h04
Poucos continentes não vivem o dilema da queda da natalidade, na Europa e no Brasil especificamente, uma preocupação é comum: a população está ficando mais velha.
Algo que me chamou muita atenção aqui, seja no Festival ou observando a publicidade local é o valor do idoso como fonte real de renda. No festival assisti palestras abordando saúde na terceira idade e vi carros elétricos, monitorados, que são desenhados para idosos que não querem ou não podem mais dirigir. Na publicidade da TV local vi até o “Tinder sênior”, uma propaganda de 30” com idosos como protagonistas atuando na grata surpresa de se apaixonar depois dos 70 anos.
Fato é que existe aí uma grande parcela de consumidores, ferozes e seletivos, querendo antes de qualquer coisa, produtos e serviços com afinidade com seu momento de vida. Será que nós publicitários estamos tratando eles da maneira correta? Tenho minhas dúvidas.
Anúncios de carrossel no Facebook, bumper ads do Google, push do Waze…. Definitivamente não falam com eles. Mas eles estão em todos esses veículos e muito mais. Está na hora de personifica-los em nossos briefings, de-briefings e realmente usá-los como segmentação.
A terceira idade é a nova idade, mais madura, mais seletiva, mas também mais estável financeiramente. Precisamos compreendê-los e levar até eles, na dinâmica e na frequência correta a mensagem assertiva.
A Europa é deles, o Brasil logo será, no entanto, a gente acha que isso está longe, mas no final do dia eles ainda são uma das poucas gerações que acreditam nas nossas histórias como sempre foram. Falamos muito dos millennials e dos próximos, mas estamos esquecendo dessa importante parcela da população hoje na faixa dos seus 60/65 que são nossos fiéis escudeiros e partidários. Afinal, foi com essa geração que a publicidade se tornou o que é, mas é para eles também que a gente tem que se reinventar logo!
Vamos fazer os últimos serem de fato os primeiros?
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