Os cinco grandes temas de Cannes 2024 (o que vi, senti e aprendi)!

24 de junho de 2024 - 20h50

Depois de ter assistido a mais de 30 de palestras, visto dezenas de filmes inscritos no Festival e observado as peças e aplicações expostas no pavimento inferior do Palais, compartilho, nesse terceiro artigo do “Diário de Cannes”, uma síntese das minhas percepções e reflexões dessa intensa semana em Cannes. E que semana! Foi uma maratona de conhecimento e de conexões.

Relaciono abaixo cinco temas que, na minha opinião, foram destaque no Festival:

• O papel da criatividade para gerar conexões e negócios;
• Os desafios da relação entre CMO/CFO/CEO no dia a dia;
• As novidades, desafios e oportunidades da inteligência artificial generativa;
• A “Diversidade de Pensamento” (diversity of thoughts) nas equipes;
• O equilíbrio entre branding e performance.

O primeiro tema refere-se a ênfase dada ao “papel da criatividade para gerar conexões e negócios”, sendo principalmente destacada a necessidade de criar conteúdos que retratem situações cotidianas, sem deixar de ser aspiracional, e que gerem, uma conexão “heart2heart”, isto é, que toque, que transforme e promova uma verdadeira conexão com o consumidor. A partir da conexão e entendimento do posicionamento e da mensagem, torna-se mais fácil gerar negócios para a marca.

O segundo assunto que motivou importantes debates foi “os desafios da relação entre CMO/CFO/CEO no dia a dia”. Foram destacadas as dificuldades que muitos CMOs passam para aprovar budget anuais e grandes campanhas, diante do questionamento quanto aos retornos previstos, sendo que nem sempre é possível auferir diretamente os resultados gerados pelos investimentos de mídia. Para atenuar essas dificuldades, foi ressaltada a importância de simplificação e alinhamento da linguagem por parte dos CMOs, quando do debate e planejamentos com os CFOs e CEOs, dando mais clareza com relação aos benefícios tangíveis e intangíveis, e prevendo alguns “quick wins” que permitam apoios para a construção de posicionamento de marca e performance futuras.

Já o terceiro destaque é sobre “as novidades, desafios e oportunidades da inteligência artificial generativa”. Houve um destaque com relação a importância da solução na geração em escala de anúncios e conteúdos, trazendo eficiência nas atividades operacionais das agências e anunciantes, que também poderá potencializar, mas não substituir, o processo de criatividade. Além disso, foi apresentada a evolução IAGen quanto à integração com aplicativos já existentes e junto aos “assistentes pessoais” (presentes nos smartphones), fato que proporcionará uma experiência mais fluida, trazendo, provavelmente, uma utilização mais frequente.

O quarto tema foi a “Diversidade de Pensamento” (diversity of thoughts), na qual foram destacadas a relevância e os benefícios que podem ser alcançados tendo uma equipe com culturas, experiências e perfis diferentes, que, certamente, irão gerar conteúdos e mensagens que podem promover mais conexões com os diversos públicos com o quais a marca se comunica.

E o quinto e último destaque, para mim, foi “o equilíbrio entre branding e performance”, reforçando a visão da importância de se investir em branding para gerar awaraness, que fortalece e favorece a mídia de performance. “O branding não acabou”! Principalmente, no mundo digital, em que “chamar e reter” a atenção e gerar negócios é mais desafiador a cada dia.

Enfim, foram dias repletos de aprendizados extremamente uteis e aplicáveis no dia a dia das agências e anunciantes, que ratificaram as minhas boas expectativas com relação ao Festival desse ano e que reforçaram a minha crença de que o conhecimento realmente transforma e nos habilita para a evolução profissional e pessoal.