Será tão bom quanto a primeira vez?
Cannes é uma experiência única. Além de ser organizado, com uma logística muito fácil, ele é repleto de conteúdos em 360 graus
Cannes é uma experiência única. Além de ser organizado, com uma logística muito fácil, ele é repleto de conteúdos em 360 graus
12 de junho de 2018 - 11h38
2017 foi meu primeiro ano no Festival de Cannes e fui sem expectativa para não me desapontar, já que havia lido algumas notícias que falavam sobre a descaracterização de Cannes Lions. Desde a perda da identidade com a inserção de inúmeras categorias; que o Festival virou business e se rendeu para grandes grupos de mídia e até que a ideia e a criatividade não são mais fatores determinantes para ganhar. Fiquei com todas essas informações guardadas, sem tirar nenhuma conclusão precipitada. Afinal, nunca havia vivenciado e não poderia, ainda, dar a minha opinião ou fazer qualquer comparação.
Aqui estou pronto para o segundo ano. E posso dizer que ansioso! Baseio a minha expectativa de Cannes Lions 2018 na minha primeira experiência. Voltei ao Brasil ano passado com a mesma resposta para todos que me perguntavam como foi o Festival: “o melhor evento do mundo”, eu disse. Pode até soar estranho para quem já foi milhares de vezes, mas, para mim, foi algo inesquecível e digno de repetir a dose.
Cannes é uma experiência única. Além de ser organizado, com uma logística muito fácil, ele é repleto de conteúdos em 360 graus. Aonde você vai, tem algo novo para aprender, viver e compartilhar. Seja o network com gente do mundo todo ou palestras e painéis que nos fazem repensar muito a nossa profissão e levar para dentro da nossa agência, novos assuntos e novas tendências. Este ano encaro a fila que for para assistir, Shaquille O’neal – além de ser fã de basquete, irão abordar a importância da fidelização das marcas para a retenção e manutenção dos clientes. Sophia Amoruso, mais conhecida como Girlboss – CEO e diretora criativa da Nasty Gal, que roubava roupas nas lojas e se tornou uma super empreendedora. E, por fim, a palestra de David Droga que deverá ser uma das mais concorridas e irá abrir o Festival com o tema – “I’m not sure I’m right, but who is?
Além disso, que cidade maravilhosa!
Para este ano, vou de peito aberto como fiz em minha primeira vez e ansioso para saber: será que as mudanças propostas e os novos formatos irão agradar? Qual será o discurso da velha guarda desta vez? Será julgada mais criatividade do que efetividade? Cases com geração de valor para a sociedade terão o mesmo peso que o ano passado como os superpremiados “Refugee Nations” e “Fearless Girl”? Eu não sei as respostas. Mas estarei lá para conferir e volto depois com meu parecer de um marinheiro de segunda viagem. Até já.
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