23 de junho de 2017 - 15h12
Que o ser humano, no geral, adora manter o status quo você já sabe. Nossa natureza está em se apegar no que sabemos e temer o desconhecido. Negar o novo é um sistema de defesa conhecido e assim vamos seguindo e torcendo para que o novo não chegue ou demore para chegar.
O problema desse raciocínio é que o mundo está há anos em mudança, que vem se acelerando com o passar do tempo. Diante desse fato, só há uma coisa a fazer: se adaptar.
Cannes vive claramente essa dicotomia entre o estabelecido e o novo há anos. Esse “choque” só aumenta e este ano vi, pela primeira vez, chegar em ponto de ser uma conversa aberta e não de bastidor. A decisão da Publicis de não participar de festivais no próximo ano e as palavras do Martin Sorrel, que o festival precisa mudar para continuar relevante, são exemplos contundentes de líderes da indústria.
Em um mundo completamente alterado pela tecnologia digital, a agenda de discussão e palestras precisa mudar, o que é merecedor de prêmio precisa mudar, as ferramentas e KPis utilizadas para mensurar o sucesso de um trabalho de comunicação precisam mudar e provavelmente o modelo de negócios da sua empresa também.
Charles Darwin morreu em 1882, mas seu ensinamento nunca foi tão contemporâneo: “Não é a espécie mais forte que sobrevive, mas a que melhor se adapta”.
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