Um dia no Palais

21 de junho de 2023 - 15h06

Passar o dia no Palais é definitivamente um rolê aleatório. A escolha que você fizer pode te levar para um experiência totalmente diferente do dia anterior.

Hoje comecei pelo McDonald’s e Widen+Kennedy. A palestra aconteceu no terraço.

Achei o McDonald’s renovado, com uma campanha bastante jovem e divertida.
Eles deixaram de lado o aspecto produto. Em nenhum lugar falavam da qualidade do hambúrguer, do sabor da maionese ou da crocância das batatinhas.

Eles criaram uma plataforma de comunicação totalmente voltada para o comportamental.
Falam daquele amigo que nunca pede uma batatinha, mas quando ela chega ele é o primeiro a pegar uma. Falam daquele desejo incontrolável de comer primeiro o cheddar que grudou no papel do sanduíche.

E os resultados explodiram. Eles voltaram a ser relevantes, principalmente entre os jovens.
E sabe por que?
Porque é uma verdade.
Porque ninguém quer ficar falando de hambúrguer.
Porque o jeito de fazer as coisas é o que nos conecta.
E mais importante: conecta todo mundo à marca.

Depois passei por uma palestra da NFL, que focava no público latino e feminino. Dalí fui ver a LÓreal, com a Eva Longoria (aquela mesma, de Desperate Housewives), uma da Miller Lite, uma de Call of Duty e outra de Coca-Cola, bastante musical.

Em todas elas escutei a mesma palavra que ouvi no começo do dia: conexão, conexão, conexão e conexão.

Hoje, o sonho de consumo de qualquer marca é conectar-se ou reconectar-se com seu público. Isso quer dizer que não basta mais saber o nome, as preferências, os filmes mais assistidos de cada um, a playlist predileta. Sim, isso é importante, claro.
Mas agora o sarrafo subiu: as marcas precisam conversar com seu público, falar de coisas legais, assuntos de interesse deles, que muitas vezes não tem nada a ver com o produto da marca.

Acho que isso vale pra vida. A gente deveria escutar muito, falar menos da gente e se divertir um pouco mais. Conectei?