Vamos dançar um tango?
Manifesto por relações menos transacionais entre anunciantes e agências
Manifesto por relações menos transacionais entre anunciantes e agências
24 de junho de 2022 - 11h16
Cannes 2022 tem um recorde de palestras com CMOs e líderes dos anunciantes no palco do Palais. Isso, para mim, é um ótimo sinal de evolução do evento e da nossa indústria que, cada vez mais, conecta criatividade com resultado de negócio (itens que nunca deveriam ser considerados antagônicos).
Foram várias as apresentações onde estavam no palco anunciante e agência: McDonald’s/WK, Media.Monks/Allianz e uma que ficou marcada para mim: Pepsi/Alma DDB.
Todd Kaplan, CMO da Pepsi, e Luis Miguel Messianu, fundador e chairman da Alma DDB, entraram no palco dançando um tango para mostrar que o resultado de marca e vendas vem quando existe uma relação de conexão muito forte e não transacional entre agência e anunciante. Nas palavras do Todd, “menos pitch e mais cocriação”.
Depois de anos atuando como líder de agência, tive a oportunidade de ir para a McKinsey. Nos quase quatro anos que fiquei lá, vi uma relação cliente-parceiro muito diferente da tônica atual da publicidade. A relação era, na maioria das vezes, lateral. Não de subserviência. Era também uma relação transparente e de quimono aberto, onde os dois lados tinham a mesma agenda e os mesmos incentivos.
Em 2021, a convite da ABA – Associação Brasileira de Anunciantes – eu pude participar de um grupo plural de trabalho envolvendo grandes agências, anunciantes e veículos, e que gerou como resultado um guia de melhores práticas na relação cliente-agência.
Desde novembro de 2020, eu voltei a empreender criando um híbrido de agência e consultoria chamado Zmes e, desde então, trabalho todos os dias para construir relações saudáveis, sustentáveis e de geração de impacto para os meus clientes. Feliz de ouvir que o palco global do mercado está priorizando esta agenda tão importante.
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