Transformação social toma conta da 70ª edição do Festival de Cannes

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Diário de Cannes

Transformação social toma conta da 70ª edição do Festival de Cannes

O evento, que é hoje um dos maiores palcos de criatividade e inovação do mundo, segue cada vez mais dando visibilidade a causas e movimentos que carregam grandes propósitos em sua atuação


22 de junho de 2023 - 16h24

A 70ª edição do Festival de Cannes segue a todo vapor, e os cases brasileiros vem se destacando entre os premiados que já receberam o tão desejado Leão de Cannes.

Em meio a avaliação de projetos e divulgação de shortlists, consegui tirar um tempo para acompanhar a programação do evento. Em 2023, Cannes segue recebendo grandes referências do mercado mundial, que debatem temas que impactam diretamente o nosso segmento.

Sendo uma grande vitrine que dita para empresas e agências, novidades e tendências inovadoras, o Festival segue em um forte movimento de promover, cada vez mais, visibilidade para coletivos, movimentos e profissionais que tem como objetivo principal, transformar socialmente o mercado.

Este ano, um dos destaques foi para Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e da Favela Holding, e para Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas. Os executivos, na posição de speakers do Festival, abriram discussões necessárias que tiram as favelas de uma posição de exclusão, e as reforçam como forte potência, mostrando que os criativos da periferia tem toda a expertise e inteligência para transformar o mercado publicitário, se utilizando de narrativas que furam a bolha do que estamos acostumados a consumir.

Fico feliz que cada vez mais o assunto seja explorado em locais de grande abrangência, que contribuem para que essas causas e vozes sejam mais ouvidas. Mas, em contraponto a isso, acredito que precisamos alcançar ainda mais espaços, visando de fato, promover essa tão sonhada transformação que tanto queremos e esperamos. E de forma rápida!

E assim fica a pergunta, mas como faremos isso? É preciso sairmos apenas do discurso e agir. Mas isso é de praxe. Temos que dividir cada vez mais o protagonismo das co-criações, permitindo que outras visões de mundo possam transformar, e se sentirem inseridos nos projetos e iniciativas que vão para o mercado.

Vemos cada vez mais pessoas emocionalmente fragilizadas à frente de projetos que requerem empatia e oportunidade. Para mudarmos esse cenário, precisamos promover a transformação começando por nós, mudando a forma de olhar o mundo e criando oportunidades para o coletivo.

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