Alexandre Zaghi Lemos
5 de julho de 2024 - 7h14
Com case “Audiência Delivery”, de transmissão da Copa do Mundo de futebol feminino pelo app do iFood, DM9 conquistou 3 Leões (Crédito: Divulgação)
A 71ª edição do Cannes Lions, realizada em junho, manteve a prática de premiar 3% dos inscritos e distribuiu 841 troféus. O Brasil teve uma boa performance, somando 92 Leões, sendo 2 Grand Prix, 14 Ouros, 31 Pratas e 45 Bronzes.
O total de Leões é o mesmo do ano passado, mas, considerando o peso e os pontos de cada metal, o desemprenho em 2024 é o melhor dos últimos anos. Vinte e uma empresas criativas brasileiras conquistaram 2 Grand Prix, 14 Leões de Ouro, 31 de Prata e 45 de Bronze. O resultado está abaixo dos 101 Leões de 2018, supera ligeiramente a performance de 2023 (apesar do empate nos 92 Leões), mas está acima das registradas em 2022 (70 Leões), 2021 (67 Leões, sendo 3 Grand Prix) e 2019 (85 Leões).
Consolidado por Meio & Mensagem e atualizado após todas as edições do Cannes Lions, o ranking das agências brasileiras mais premiadas na história do festival não teve suas primeiras posições alteradas em 2024. A única mudança foi a subida da Gut, da 19ª para a 14ª colocação. Nos cinco primeiros lugares, a AlmapBBDO acumula, agora, 276 troféus; a Ogilvy não pontuou neste ano, mas mantém a vice-liderança, com 158 Leões; a DM9, brasileira mais premiada em 2024, saltou de 137 para 153 troféus; a VML soma 129; e a Africa Creative, 122.
Entretanto, as posições das agências no ranking histórico não consideram o total de Leões. Meio & Mensagem atribui a cada troféu o peso oficial usado pelo festival — afinal, ganhar um Grand Prix é mais importante que receber um Leão de Bronze. São considerados os pesos oficiais do Cannes Lions, de 35 pontos para Grand Prix de Titanium e de Creative Effectiveness, 30 pontos para os demais Grand Prix e para os Titanium Lions, 15 pontos por Leão de Ouro, 7 pontos por Leão de Prata e 3 pontos por Leão de Bronze.
Considerando as quatro últimas edições do Cannes Lions, realizadas após o cancelamento de 2020, as brasileiras mais premiadas são Africa, VML, Gut, AKQA, Almap, DM9, David, FCB, Ogilvy e Soko.
Confira o ranking das brasileiras mais premiadas na história de Cannes, com a atualização de 2024
*Obedecendo os pesos oficiais atuais do Cannes Lions: 30 pontos para cada Grand Prix (35 para o Grand Prix de Titanium), 30 pontos para cada Titanium, 15 para cada Ouro, 7 para cada Prata e 3 para cada Bronze.
Prêmios conquistados na época em que outras categorias, como Creative Effectiveness e Innovation, não faziam distinção entre Ouros, Pratas e Bronzes, foram incluídos na lista dos Ouros.
Para a Ogilvy foram considerados os prêmios ganhos pela Standard Ogilvy & Mather e também os conquistados como Ogilvy Interactive e OgilvyOne.
Nos prêmios da DM9 não estão incluídos os três Leões conquistados entre 1983 e 1985, quando a agência era comandada por Duda Mendonça e tinha sede na Bahia, e nem os atribuídos à DM9Rio e à DM9Sul, marcas que concorreram isoladamente em Cannes; após anos como DM9DDB, a marca foi descontinuada em 2018 e voltou a ser usada em 2022.
No cômputo da VML, estão considerados os prêmios conquistados pela VMLY&R e pela Y&R, menos os dois Leões de 1997 da Fischer Justus Y&R — computados para a Fischer.
Para a FCB, foram somados prêmios da época em que a agência usava a marca Giovanni.
Para a Wunderman Thompson, foram considerados os prêmios conquistados antes da fusão pela J. Walter Thompson e pela Wunderman.
Para a DPZ, está considerado o Leão de Prata conquistado em 2018 pela DPZ&T.
No caso da Grey, não entraram na conta os dois Bronzes de 2007 e 2009 da Matos Grey e da G2.
Para a Publicis Brasil, foram computados os Leões da Publicis Salles Norton, após a fusão de 2003.
Na conta da W/Brasil, estão considerados os prêmios da W/GGK.