Abap reúne contadores de histórias
No primeiro painel, Silvio de Abreu e sócios das agências falaram das suas criações
No primeiro painel, Silvio de Abreu e sócios das agências falaram das suas criações
Edianez Parente
9 de junho de 2011 - 3h00
A Abap (Assoc. Brasileira de Agências de Publicidade) reuniu em São Paulo nesta quinta-feira, 9, os principais dirigentes do mercado e seus principais talentos criativos, no evento Storytellers. Nele, publicitários, anunciantes e profissionais de criação de entretenimento, como o autor de novelas Silvio de Abreu, o escritor e membro da ABL (Academia Brasiliera de Letras) João Ubaldo Ribeiro, o diretor da TV Globo Marcos Schechtman assumiram seu papeis como contadores de histórias num animado seminário.
Luiz Lara, presidente da Abap, e Dalton Pastore, presidente do Conselho Superior, comandaram o evento, com Lara chamando a atenção para a presença dos presidentes das regionais da entidade.
João Ciaco, presidente da ABA e diretor de Comunicação e Marketing da Fiat, antecedeu os painelistas, lembrando à plateia do WTC Sheraton a reviravolta nos dias atuais na relação entre marcas e seus consumidores, já que os clientes hoje passam a ser, nas suas palavras, “mais meios do que fins” das histtórias. “O que muda é o foco; antes era no produtor e hoje é no difusor”. Segundo ele, o evento tem muito a ver com o jeito de se fazer marketing hoje em dia, onde o grande desafio é fazer com que as histórias gerem atenção.
Silvio de Abreu começou os trabalhos, contando fatos pitorescos de sua trajetória como autor de teledramaturgia, num sofá roadeado por Marcello Serpa (AlmapBBDO), Jacques Lew (Lew’Lara\TBWA), João Livi (Talent) e Celso Loducca (Loducca), além do vice-presidente comercial da Fiat Automóveis, Lélio Ramos.
Silvio de Abreu lembrou a diferença entre criar uma sinopse de uma novela e depois mantê-la com interesse ao longo de 200 capítulos: “E ainda com a obrigação e o cuidado de manter o suspense e o interesse do telespectador a cada 15 minutos, para que ele não vá embora na hora do intervalo comercial”, ressaltou. Segundo ele, em histórias de suspense isto fica mais fácil, o que não ocorre da mesma forma em enredos apenas de romance. Abreu recheou seus comentários com curiosidades saborosas de sucessos como Guerra dos Sexos, Belíssima, Passione. Disse também que prefere ele mesmo escrever as cenas que incluem ações de merchandising.
Em seguida, Lélio Ramos apresentou como case a campanha dos 30 anos da marca Fiat no País, celebrados em 2006. Na ocasião, a empresa adotou um discurso de preocupação com as gerações numa campanha sem presença de automóveis. Para finalizar, mostrou todo o projeto colaborativo Fiat Mio, que durou dois anos e que resultou num carro conceitual, apresentado no último Salão do Automóvel, em 2010. A Fiat completa 35 anos de Brasil em julho.
O case Havaianas foi a escolha de Marcello Serpa, que celebra o fato de a agência ter ajudado a marca tão presente nas classes C e D a também subir ao topo da pirâmide, e em 18 anos, a ser uma grife globalizada. Mostrou algumas cenas de filmes comerciais – inclusive a cena inicial de um deles, retiado do ar em setembro de 2009, segundo recomendação do Conar, com o diálogo entre avó e sua neta sobre hábitos dos jovens na modernidade.
Jacques Lew mostrou um case de 30 anos atrás, quando co-assinou a campanha “Eu Sou Você Amanhã”, para o anunciante Orloff, marca de vodca que agora volta a ser seu cliente na Lew’Lara\TBWA. João Livi trouxe alguns filmes da campanha feita para Topper, apresentando o rúgbi, um esporte um tanto estranho aos brasileiros de forma bem-humorada. Celso Loducca exibiu o case Nextel, segundo ele, marca que se destacou por criar ela mesma uma rede social por meio de seus usuários.
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