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Comunicação

77,5% veem influencers como aliados na pandemia

Estudo aponta efeitos da Covid-19 no marketing de influência e foi realizado por meio de uma parceria entre Brunch e Youpix


30 de março de 2020 - 12h55

62% dos influenciadores admitem que devem mudar o foco da produção e falar sobre a Covid-19 (Crédito da imagem: bluegame-istock)

Raros são os segmentos, em todo o mundo, que escapam dos impactos causados pela pandemia do coronavírus Covid-19. Reflexos como o cancelamento de eventos, fechamento de fronteiras, voos interrompidos, além da cadeia produtiva e o comércio em modo de espera alteram totalmente a dinâmica de investimentos em comunicação dos mais diversos mercados, atingindo todas as disciplinas de marketing, incluindo a de influenciadores.

Para traçar um cenário de como o segmento está absorvendo os acontecimentos mais recentes, a agência Brunch, especializada em estratégias de influencer marketing e o Youpix, consultoria de negócios voltados para a influência e o entretenimento digital, realizaram em parceria o estudo “Marketing de Influência em Tempos de Pandemia de Covid-19”.

Realizada por meio de entrevistas com 554 creators e 164 marcas de diversos segmentos, a pesquisa mostra que 70,3% das empresas tiveram que suspender ou adiar suas campanhas com influenciadores em razão dos impactos do coronavírus. Mesmo com esse panorama, 78% dos anunciantes afirmam que devem manter seus investimentos em marketing de influência neste momento.

As marcas que revelaram a intenção de produzir conteúdos e campanhas para falar sobre o Covid-19 representam 60% do total. Entre elas, 41% optaram por fazer isso em parceria com creators e influenciadores. Nesse recorte há a confiabilidade em jogo, já que 77,5% das marcas acreditam que influenciadores e criadores podem ser bons aliados e bons interlocutores em tempos de pandemia.

“Os criadores de conteúdo entendem de ecossistema e colaboração como ninguém. São eles que estão acostumados a criar em território inóspito, que precisam cavar suas oportunidades em cada mudança de algoritmo e é neles que podemos encontrar a resposta para a conexão com o consumidor, sobretudo com a população nesse momento”, afirma Ana Paula Passarelli, cofundadora da Brunch.

Do outro lado do balcão, os influencers também sinalizam mudanças no viés de seus conteúdos nesse período. Por isso, 62% afirmaram que devem mudar o foco da produção e falar sobre a Covid-19 e seus efeitos em seus seus nichos de trabalho. Além disso, 49,4% declaram que pretendem produzir mais conteúdo do que o normal no período.

78% dos anunciantes afirmam que devem manter seus investimentos em marketing de influência neste momento.

O estudo também alerta sobre a necessidade de entender como os algoritmos das redes vão se comportar neste momento. Para Bia Granja, fundadora da Youpix, a tendência é que sejam priorizados conteúdos que se relacionem com o período e que possam ajudar a comunidade, como saúde mental, divulgação científica, tecnologia, cuidados com a casa, com o corpo e alimentação.

Para ela, diante de um cenário de incerteza, a saída para marcas e criadores é fortalecer e estreitar laços com consumidores e comunidades. “Devem-se focar os esforços de marketing de influência em conscientização, a fim de ajudar o consumidor nas tomadas de decisão e especialmente na lembrança de marca. É nessa etapa de criação que os criadores podem ser extremamente importantes para ajudar a população”, concluiu Bia.

Crédito da imagem de topo: piranka/iStock

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