Agências se sentem mais confortáveis em discutir relação com clientes
Pesquisa feita pela World Federation of Advertisers nos Estados Unidos aponta que 69% das empresas sentem abertura para conversar sobre os problemas na parceria
Agências se sentem mais confortáveis em discutir relação com clientes
BuscarAgências se sentem mais confortáveis em discutir relação com clientes
BuscarPesquisa feita pela World Federation of Advertisers nos Estados Unidos aponta que 69% das empresas sentem abertura para conversar sobre os problemas na parceria
Meio & Mensagem
1 de dezembro de 2022 - 8h15
Do Ad Age
As agências de publicidade estão mais propensas a falar abertamente com seus clientes a respeito das mudanças que acham importantes em suas parcerias. Ainda assim, elas notam problemas na maneira como são avaliadas.
De acordo com a edição 2022 do relatório Client-Agency Performance Evalutions, elaborado pela World Federation of Advertisers (WFA), dos Estados Unidos, 68% das agências reportaram que se sentiam mais à vontade para serem honestas com os clientes a respeito das mudanças que julgam necessárias em seu relacionamento.
Há dois anos, o índice das agências que se diziam confortáveis em discutir a relação com os clientes era de 45%.
Essa mudança de perspectiva também fez com que as agências concordassem que os clientes precisam melhorar seus processos internos, com apenas 13% dos entrevistados – uma queda em relação aos 38% que, em 2020 — dizendo que “o cliente é rei” e que, portanto, não adianta reclamar.
Laura Forcetti, diretora global de sourcing marketing services da WFA, compara a mudança no relacionamento a um casamento, em que as duas partes precisam dar feedback construtivo para que a relação funcione.
“Acho que pode haver um entendimento por parte dos clientes que agora pensam que algumas questões não são apenas problema da agência e que seja preciso trabalhar em conjunto. Se houver algum ponto que precisa ser melhorado na relação agência-cliente, o outro lado não irá adivinhar. É preciso conversar”, diz.
Os dados do estudo são baseados em mais de 90 entrevistas, feitas com 49 clientes e 33 agências. Os pesquisados são de empresas que movimentam mais de US$ 69 bilhões em publicidade globalmente e os dados são comparados diretamente à edição anterior da pesquisa, feita no último trimestre de 2020.
O maior desafio que as agências enfrentam atualmente durante as avaliações de desempenho diz respeito às expectativas e necessidades incongruentes dos clientes. A pesquisa mostra que 53% dos profissionais de agências se sentiram frustrados pelo fato de as prioridades dispersas dos clientes afetarem negativamente a avaliação do seu desempenho.
Além das diferenças das demandas entre as equipes dos clientes, também acontece de eles lidaram com várias áreas distintas da agência, tornando a situação ainda mais confusa. No relacionamento “agência-cliente”, os anunciantes também precisam trabalhar para serem tratados como clientes preferenciais, diz Forcetti.
“Para fazer isso é preciso começar dentro de casa, olhando para seu próprio desempenho antes de culpar terceiros. Os clientes devem colocar a casa em ordem e as avaliações de desempenho que fazem das agências podem ser a oportunidade de ajudá-las nessa jornada”, diz a diretora da WFA.
Tanto anunciantes quanto agências encontraram um meio-termo ao discutir a combinação atual de KPIs. A satisfação do cliente é o KPI mais utilizado para avaliar o desempenho tanto pelas próprias agências quanto pelos anunciantes e a colaboração, eficiência e efetividade foram considerados elementos importantes para os dois grupos.
No entanto, 44% dos clientes demonstraram preocupação a respeito da falta de KPIs mensuráveis e objetivos.
Embora alguns serviços sejam subjetivos, outros não são, o que pode tornar a avaliação de desempenho mais difícil, ainda mais nos casos de clientes atendidos por várias agências em projetos e campanhas.
Consequentemente, as agências não acham que é sempre apropriado serem pagas com base no desempenho. Menos da metade das agências acredita que seu pagamento deve estar atrelado à resultados, tanto na pesquisa atual quanto na realizada em 2020.
Pelo menos três a cada quatro agências de mídia recebem compensação com base nos resultados das avaliações, já que os KPIs costumam ser mais objetivos e mensuráveis, mas os parceiros digitais (35%) e de produção (44%) disseram que, possivelmente, não terão a oportunidade de receber um feedback estruturado.
Compartilhe
Veja também
AlmapBBDO vence concorrência por todas as marcas da Zamp
Agência passa a cuidar da comunicação de Burger King, Popeyes, Starbucks e Subway, antes atendidas por David, Africa e Dentsu
Enterogermina traz sósias de famosos para reforçar a originalidade
Sósias de Cláudia Leitte, Flavinha Saraiva e Jacquin protagonizam comunicação nas redes sociais, criada pela WMcCann