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Comunicação

Agências e anunciantes: como encontrar as parcerias ideais?

Com a proposta de encontrar o match entre agências e marcas, B.done vê na busca de sinergias e na definição do briefing os elementos fundamentais para relações mais duradouras no mercado


13 de outubro de 2022 - 17h32

A questão de concorrências é um dos pontos mais sensíveis do mercado publicitário e um dos que mais gera discordâncias entre agências e anunciantes. Encontrar o parceiro ideal para a realização de projetos de marketing e comunicação está longe de ser uma tarefa fácil e os processos de escolhas que acabaram sendo perpetuados pelo mercado são, constantemente, alvos de reclamações, principalmente por parte das agências, que consideram algumas concorrências exaustivas e prejudicais à produtividade da equipe.

B.done tem a proposta de encontros pontos em comum entre agências e anunciantes e ajudar as marcas a identificarem os parceiros mais adequados (Crédito: Shutterstock)

Em uma tentativa de fazer com que anunciantes encontrem parceiros de conteúdo de forma menos traumática, a B.done iniciou sua operação há cerca de dois anos, definindo-se como uma empresa de matchmarketing, ou seja, com a proposta de ajudar anunciantes e agências a encontrar, de alguma forma, seu par “perfeito”.

A ideia do negócio partiu da percepção da CEO, Cáh Morandi, em relação à pouca durabilidade nas relações do mercado, que fazem com que as marcas troquem suas agências com uma frequência alta, principalmente por falta de resultados, atendimento reativo, atrasos nas entregas ou questões de budget.

“As dores são para ambos os lados: as marcas precisam de agências que estejam prontas para seus desafios de marketing, comunicação e dados e as agências precisam gerar negócios em um mercado cada vez mais acirrado pela entrada de novos competidores, não apenas agências, mas consultorias e empresas de tecnologia”, relata a CEO da B.done.

Neste ano, até o momento, a empresa foi responsável por intermediar 87 contratos entre anunciantes e agências. Ao todo, desde a abertura da operação, foram mais de 300. Entre eles, estão intermediações para clientes como Panasonic, Mococa, Santa Helena Alimentos, Movidesk e outras. Boa parte das agências trabalhadas pela empresa estão fora do eixo Rio-São Paulo, segundo a CEO.

Na prática, a B.done define, junto ao seu cliente, quais são as necessidades de comunicação e anseios da marca para estabelecer os principais desafios de negócios. “Após esse entendimento, selecionamos as agências que possuem os perfis aderentes e elas apresentam suas soluções estratégicas para que as marcas decidam a proposta mais atraente”, diz Cah, detalhando que os processos de concorrência intermediados pela empresa podem variar de 30 a 90 dias, de acordo com a necessidade dos clientes.

Segundo ela, na média, esse trabalho de matchmarketing consegue reduzir em até 95% o tempo de busca por agências qualificadas, ao mesmo tempo em que preserva os custos e tempo dos times de marketing e de compras.

Cah Morandi, CEO da B.done: “Marcas precisam de agências que estejam prontas para seus desafios de marketing, comunicação e dados e as agências precisam gerar negócios em um mercado cada vez mais acirrado pela entrada de novos competidores” (Crédito: Divulgação)

O problema das concorrências

A CEO da operação admite que não é tarefa fácil mudar um modelo de negociação amplamente difundido no mercado, mas acredita que já existem avanços que mostram que o processo de concorrência pode ser menos dolorido. “Já existem marcas que pagam às agências no processo de concorrência para o desenvolvimento criativo, entendendo que está ocupando previamente seus recursos”, cita.

Ter uma companhia que ajude na construção dessas relações ajuda a evitar eventuais desperdícios pelo fato de, segundo Cáh, selecionar empresas que, de fato, tenham sinergia com os objetivos da marca e, principalmente, estejam em acordo em relação ao budget.

Para tentar para diminuir os erros na hora de selecionar os parceiros de publicidade é preciso, segundo a CEO, que briefing esteja bem estruturado e a proposta de atuação seja clara. Em seguida, ela aponta a necessidade de abordar agências que sejam mais aderentes ao escopo, expertise e estrutura que a marca empresa. “Outro ponto-chave, visto que, geralmente, são projetos de médio e longo-prazo, é entender a cultura e o comportamento das pessoas da agência que estarão envolvidas na jornada”, alerta.

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