Agências: redução de empregos e salários
No Estado de São Paulo, agências enfrentam achatamento salarial e redução de quadros
No Estado de São Paulo, agências enfrentam achatamento salarial e redução de quadros
Alexandre Zaghi Lemos
24 de novembro de 2015 - 10h42
Um mercado dirigido por homens, que têm em média 44 anos, e paga salário médio de R$ 5.623 mensais. Esse é o retrato do setor segundo a segunda edição da pesquisa Perfil das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo, realizada pela Toledo & Associados para o Sindicato das Agências de Propaganda – Sinapro-SP. Entre julho e setembro foram feitas 366 entrevistas via internet com donos e executivos de agências de todo o estado, o que revela um maior interesse pelo levantamento, que no ano passado ouviu 340 pessoas. Dos respondentes de 2015, 43% atuam na capital e 57% no interior.
A maioria das agências nas quais atuam os entrevistados é de pequeno e médio porte, sendo que 59% do total é optante do Simples Nacional, ou seja, tem receita bruta de até R$ 3,6 milhões anuais. E a grande maioria dos executivos entrevistados é homem (78%). Considerando as grandes agências da capital paulista que faturam mais de R$ 50 milhões anuais, o total de respondentes mulheres diminui mais ainda, chegando a 8%.
No total, as 366 agências ouvidas empregam 7.856 profissionais (exceto sócios), um número 24% menor que os 10.318 funcionários e colaboradores declarados pelas 340 agências entrevistadas na primeira edição da pesquisa, no ano passado. A média de pessoas por agência, que inclui funcionários e sócios, passou de 30 para 24. Além disso, a média salarial aumentou apenas 4,4%, índice abaixo da inflação no período. “Houve um achatamento das faixas salariais e uma redução de quadros. Hoje, quando uma agência substitui um profissional, contrata com menor salário para o mesmo cargo”, analisa Geraldo de Brito, presidente do Sinapro-SP.
Em 2015, as participantes somam massa salarial mensal de R$ 44,3 milhões. A maioria dos funcionários (80%) é empregada via CLT – modalidade que cresce nas grandes agências da capital para 93%. Excetuando-se os sócios das empresas, no geral 40% recebem salários de até R$ 3 mil; 29% ganham entre R$ 3 mil e R$ 6 mil; 16% têm salários de R$ 6 mil a R$ 10 mil; e 15% recebem mais de R$ 10 mil. Nas agências grandes da capital os salários são maiores: 27% ganham mais de R$ 10 mil; 22%, entre R$ 6 mil e R$ 10 mil; 27%, entre R$ 3 mil e R$ 6 mil; e 24%, menos de R$ 3 mil (veja quadro abaixo com as médias salariais por região).
Os custos trabalhistas, que incluem salários, encargos e benefícios, representam, em média, 39% do custo total das agências do estado, mas entre as grandes da capital esse índice sobe para 62%.
A partir dos resultados da pesquisa, o Sinapro-SP faz uma projeção de que as mil maiores agências do estado de São Paulo somam receita bruta de R$ 6 bilhões e empregam cerca de 20 mil profissionais, o que corresponde a uma produtividade média anual de R$ 300 mil.
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