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Comunicação

Após recusa de Lego, Lew’Lara coloca Braille Bricks no Creative Commons

Projeto criado pela Lew’Lara repercute no Twitter da Casa Branca e atrai interesse de instituições de diversas partes do mundo


8 de junho de 2016 - 11h00

Atualizada às 14h56

lego braille

Projeto Braille Bricks, criado pela Lew’Lara/TBWA (Crédito: Divulgação)

Em abril, após cerca de um ano de trabalho, a Lew’Lara TBWA apresentou o Braille Bricks, projeto para contribuir com o aprendizado de crianças cegas por meio de peças de Lego adaptadas com o alfabeto em Braille. A ideia, que partiu da noção de que o Braille assemelha-se às peças clássicas de Lego, foi concebida e desenvolvida pela dupla Ulisses Razaboni e Leandro Pinheiro sob a liderança do vice-presidente de criação Felipe Luchi. Porém, Lego recusou o projeto, que estava sob votação no site Lego Ideas – seriam necessários mais de 10 mil votos para que a marca dinamarquesa avaliasse a possibilidade de produzir as peças em escala global.

Segundo Luchi, apesar da negativa, Lego ajudou muito a agência no processo de construção do case. “Nos encaminharam para a Lego Education, braço voltado a educação e robótica e eles nos colocaram em contato com um Lego Designer Specialist brasileiro, um dos 14 profissionais certificados e autorizados da empresa no mundo. Ele que nos recomendou enviar o projeto para o Lego Ideas. Em menos de 48 horas o projeto foi recusado, foi um baque. Eles alegaram que estávamos alterando demais o produto deles”, afirma. No entanto, diz que ainda existe a esperança de que o projeto seja adotado pela companhia. “Estamos insistindo por outros caminhos”.

Após a recusa, a Lew’Lara resolveu abrir a patente no Creative Commons, promovendo a campanha #braillebricksforall, para que qualquer fabricante ou instituição de ensino possa produzir seu próprio Braille Bricks. “Qualquer instituição pode fabricar seu próprio Braille Bricks, inclusive colocar o projeto no Kickstarter para financiá-lo”, afirma Luchi. A decisão gerou significativa repercussão na mídia – Wired, CoCreate, Fast Company e Huffington Post fizeram publicações sobre o trabalho –, e até mesmo a Casa Branca divulgou as peças em Braille em um post em sua conta oficial no Twitter.

Construção das peças
Para encontrar peças originais com as cores clássicas da marca, os criativos recorreram ao Brick Link, portal que reúne aficionados por Lego e, assim, conseguiram juntar blocos de diferentes partes do mundo. Em seguida, foram necessários seis meses para confeccionar as peças, que passaram por nove etapas cada uma, entre corte, alisamento e encaixe dos pinos. Uma vez finalizado, o material foi distribuído pela Fundação Dorina Nowill para Cegos para crianças com idade entre sete e dez anos. A experiência foi registrada em um documentário de dois minutos (assista abaixo).

O case está concorrendo em algumas categorias do Festival de Cannes esse ano, como Direct e Promo. Até o momento, foram produzidos dois lotes com 3.200 peças. Em breve, a agência deve fazer um terceiro, com 1.600 blocos.

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