Como o audiovisual pode abraçar a pauta ESG?
Patricia Barbosa, líder da nova área de ESG na Surreal Hotel Arts, comenta a criação da nova vertente, maturidade da agenda ESG em produtoras e implementações práticas
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Giovana Oréfice
20 de abril de 2023 - 8h05
Na última semana a Surreal Hotel Arts anunciou a criação de uma área voltada para o ESG. O principal objetivo é expandir o ecossistema de negócios, colaborando com outras companhias em iniciativas de impacto a partir de seu core: a produção de conteúdo. A nova vertente terá Patrícia Barbosa na liderança.
Segundo a gestora, muitas empresas estão fazendo projetos de ESG incríveis, mas acabam comunicando isso apenas em relatórios para investidores ou internamente. Seguindo a missão da produtora de contar histórias com criatividade e relevância, a Surreal se incumbe da possibilidade de representar o setor na pauta levando algo “diferente ao público”, no ponto de vista de Patrícia.
“O audiovisual pode ajudar na comunicação transparente das práticas ESG das empresas, tornando as informações mais acessíveis, envolventes e fáceis de serem compreendidas pelo público em geral em múltiplos formatos, desde séries, documentários, vídeos institucionais”, explica a profissional.
Ademais, como toda mudança começa dentro de casa antes de ser introduzida ao mundo, a Surreal já implanta iniciativas para configurar práticas mais sustentáveis no cotidiano. Entre as ações está a compensação de carbono. Até o momento, a produtora já compensou pouco mais de 101 kg de carbono emitidos pelas produções, além de contabilizarem 613 mudas plantadas. As práticas também envolvem a reciclagem de resíduos utilizados nos sets, por exemplo, como plástico, isopor e até mesmo material orgânico.
O Set Responsável recebeu o selo da 5ª Edição do Selo de Direitos Humanos e Diversidade da cidade de São Paulo no ano passado. O ambiente de filmagem recebe a denominação por englobar CO2 neutro e estratégias de inclusão e diversidade, além da economia circular.
Apesar da agenda ESG ter seus princípios cada vez mais claros e abraçados pelo mercado, ainda existem obstáculos. Patrícia reconhece que entre eles está o custo, uma vez que as práticas exigem investimentos e treinamentos, o que, segundo ela, pode ser um limitador em um momento em que as margens do nosso setor estão cada vez mais apertadas.
Além disso, a líder cita o comprometimento com a pauta em todos os níveis da empresa. Este deve um valor incorporado à estratégia e não um custo a ser cortado em situações de crise. “É fundamental o envolvimento de profissionais de diferentes áreas para o sucesso desse projeto”, declara. “Apesar de estarmos abrindo uma frente com foco em projetos ESG, estamos falando de desenvolvimento de conteúdo de marca, o que requer conhecimento e expertise de profissionais de diferentes áreas, como criativos, produtores, pós-produtores e diretores”, complementa Patrícia.
Finalmente, há a falta de conhecimento e consistência, fator que pode dificultar a implementação do ESG como prioridade e, eventualmente, criar resistências à uma mudança efetiva.
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