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Comunicação

Betano escolhe Wieden+Kennedy como agência no Brasil

Empresa de apostas esportivas busca um reforço para trabalhar com a regulamentação da publicidade do segmento e diferenciação de outras marcas


4 de março de 2024 - 6h00

Com Camila Hamaoui, Managing Director da Wieden+Kennedy SP e Rodrigo Jatene, CCO da Wieden+Kennedy Latam, Betano entra para o portfólio da agência (Crédito: Divulgação)

Camila Hamaoui, Managing Director da Wieden+Kennedy SP e Rodrigo Jatene, CCO da Wieden+Kennedy Latam, Betano entra para o portfólio da agência (Crédito: Divulgação)

Atualizada às 09h20

A Betano escolheu a Wieden+Kennedy para ser agência da marca no Brasil. Antes, a conta estava dividida entre a Ampfy e Artplan.

A decisão foi tomada por meio de uma concorrência, da qual participaram nove agências, e contou com a participação do time de marketing do anunciante no Brasil, assim como de representantes da Kaizen Gaming, sede da empresa na Grécia.

Com a movimentação, a Betano ganha um reforço para trabalhar com a regulamentação do mercado de apostas no Brasil, que vem passando por um processo de aprovação desde o ano passado.

Ao Meio e Mensagem, a Betano explicou que trazer a W+K para seu processo de criação será importante para o posicionamento da marca no mercado de apostas esportivas. Por isso, além do briefing apresentado durante o processo de concorrência, a empresa levou em conta o histórico de trabalhos da agência. A Wieden atende clientes como Nike e Pepsi, que têm uma relação muito próxima ao esporte.

Do lado da agência, um dos desafios será pensar em como se diferenciar de outras empresas do mercado de bets, já que este é segmento em crescimento expressivo no Brasil e que, além disso, conta com inúmeras marcas na publicidade brasileira. “Mais do que o desafio de regulamentação, temos um desafio de comunicação e de posicionar a Betano em um lugar premium e único como ela é”, diz Rodrigo Jatene, CCO da W+K Latam.

Betano investe em marketing no Brasil

Um estudo de segmento realizado pela Tunad identificou que o último trimestre de 2023 respondeu por 24% de todo o conteúdo publicitário veiculado por casas de apostas ao longo de todo o ano.

A pesquisa apontou, também, que a Betano foi a bet que mais apareceu na mídia, contando com 7 mil inserções na TV, na praça de São Paulo. A marca figurou no top 3, seguida por Sportingbet, com 6 mil impressões, e Bodog, que ultrapassou a marca de 2 mil.

Como parte de seu investimento em marketing, a marca adquiriu os naming rights da Série B do Campeonato Brasileiro em 2023, que virou “Série Betano”, e segue para 2024 com a Copa do Brasil, que ganhou o nome de Copa Betano do Brasil. No âmbito de patrocínios, a empresa estará na Copa América, com apoio global, e na Eurocopa, além de ser patrocinadora do Atlético Mineiro e do Fluminense.

Recentemente, a empresa ampliou o contrato de patrocínio ao clube mineiro incluindo o futebol feminino e propriedades na Arena MRV, como camarotes customizados. Apesar de a empresa não abrir valores de investimento, Bruno Muzzi, CEO da SAF atleticana, detalhou na semana passada os valores desse contrato. O executivo explicou que o valor de investimento saiu de R$14 milhões para R$18 milhões neste ano.

Já na questão de publicidade, para este ano, alguns trabalhos já começaram a ser feitos pela nova agência, que prevê uma campanha grande de posicionamento de marca em breve.

Regulamentação das casas de apostas no Brasil

Como parte de seus princípios de atuação, as marcas pertencentes a Kaizen Gaming só podem atuar em mercados em regulamentação ou já regulamentados. Por isso, o Brasil foi um dos destinos escolhidos pela Betano. A empresa, no entanto, tem presença em 18 mercados da América Latina.

Por isso, a marca tem auxiliado o Governo Brasileiro com o processo de regulamentação, assim como outras empresas do segmento, como a Esportes da Sorte.

Em dezembro do ano passado a Câmara dos Deputados e comissões do Senado aprovaram o projeto de regulamentação da atuação das casas de aposta no Brasil. Com a regulamentação, as empresas de apostas esportivas terão de pagar uma taxa de 12% sobre seu faturamento ao governo. Já os apostadores terão de arcar com a taxa de 15% sobre os valores dos prêmios recebidos, desde que a quantia seja superior a R$ 2.112.

No quesito de publicidade, a PL veda todas as ações publicitárias que apresentem as apostas online como algo “socialmente atraente” e que tenham a presença de personalidades afirmando que os jogos lhe trouxeram ganhos financeiros ou enriquecimento.

Além disso, ações de comunicação e publicidade deverão conter avisos de desestímulo ao jogo e advertência sobre seus eventuais malefícios.

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