Black Friday: como se diferenciar na busca pela atenção do consumidor?
Em um momento de hiper concentração de ofertas, marcas apostam na surpresa e conteúdo para se conectar com os consumidores
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Valeria Contado
29 de novembro de 2024 - 12h09
O período de Black Friday, uma das principais datas do varejo no Brasil e no mundo, é também uma corrida para as marcas em busca de oferecer a melhor oferta e produto para os consumidores.
Segundo dados da pesquisa Panorama do Consumo, realizada por Mercado Livre e Mercado Pago, que entrevistaram 27 mil clientes, 85% dos respondentes pretendem fazer compras na data, um valor 5% maior do que resultado do ano passado.
Além disso, a data também demanda alguns preparativos por parte do consumidor: 70% dos entrevistados afirmaram que planejam o que pretendem adquirir, enquanto 30% ficam de olho nos “achadinhos”.
É aí que entra a necessidade das marcas de promoverem ações eficientes para se conectar com os consumidores. Apesar de os descontos e ofertas serem importantes para o público, focar em uma comunicação que vai além disso é importante para se diferenciar.
“Os maiores diferenciais aparecem quando uma marca consegue se posicionar de uma forma diferente na data. As marcas estão utilizando formatos tradicionais com mais criatividade, como conteúdos interativos e experiências imersivas, live shopping, gamificação das ofertas, realidade virtual e produção com creators”, afirma Verônica Gordilho, co-COO da Africa Creative.
Durante o período de Black Friday, alguns formatos se tornam alternativas para as marcas promoverem algo que vai além da distribuição de ofertas. Exemplo disso são as parcerias com empresas de mídia, que podem ajudar a reter a atenção de quem está acompanhando.
Globo, SBT, CazéTV e PodPah são algumas das empresas que prepararam programas especiais para a data. Esses formatos ganham versões interativas e gamificadas que, inclusive, premiam os consumidores que estão acompanhando.
Jardel Fonseca, diretor de planejamento e estratégia da Ogilvy, define esse movimento como “stopping power”, que é o poder de fazer o consumidor parar para ver o que a marca está dizendo.
A agência trabalha esse aspecto com Magalu. A Lu, influenciadora virtual da varejista, esteve “presencialmente” no Domingão conversando com Luciano Huck. “Em meio a tantos estímulos de preço, buscar uma conexão mais humanizada é sempre um caminho e a supresa de ver uma personagem digital em uma mídia offiline, neste caso, conta a nosso favor”, avalia.
Além disso, a marca fechou uma parceria com a agência On the Nose, o YouTube e o Podpah para a realização da Super Live Black das Blacks, que aconteceu nessa quinta-feira, 28, e contou com nomes como Igão e Mítico, Ana Castela, Márcia Sensitiva, Fred Bruno, entre outros.
Já Dani Ribeiro, CCO da WMcCann, aponta que a solução está na criatividade baseada em insights e dados. “Uma boa ideia pode surgir na observação de comportamentos, na análise de dados, no insight, na estratégia de planejamento e mídia, assim como nas mensagens e nos formatos que tangibilizam essa boa ideia”, avalia.
Esse ano, a agência desenvolveu campanhas para Americanas, com Black Cesta, Chevrolet, com os descontos de verdade para carros de verdade, Amazon para Friskies, com a Catfriday, e Seara em uma collab inédita Hot Friday Seara + Arno.
“É uma oportunidade para abrir conversas, reforçar a construção de marca e promover experiências. Além disso, a Black Friday está começando cada vez mais cedo. A data se tornou uma oportunidade para construções mais significativas e relevantes de marca e relacionamento. Com isso, o tempo e o investimento também aumentam”, diz.
O comportamento dos consumidores também mudou com o tempo. Se, em um primeiro momento, os clientes desconfiavam das ofertas e entendiam como levar um produto pela “metade do dobro”, agora as pesquisas os ajudam a estar mais cientes do valor real dos produtos desejados.
Segundo dados divulgados pela Microsoft, 55% das compras realizadas em novembro têm origem em buscas feitas em outubro. Como resultado, a estimativa, segundo a Confi.Neotrust em um levantamento publicado pelo InfoMoney, é que a Black Friday movimente cerca de R$ 9,3 bilhões.
“É preciso ser multifatorial: unir um trabalho consistente da marca durante o ano, espaços de mídia relevantes, um forte trabalho com influenciadores e redes sociais e, de forma imprescindível, ideias criativas que se destaquem”, diz Fonseca.
Por fim, a mensuração se torna um movimento que pode ajudar as empresas a definir as estratégias para o próximo ano e mesmo corrigir rotas durante a campanha atual.
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