Campanha reage à nova regra de taxas para compras internacionais
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) veicula campanha para pleitear que empresas brasileiras tenham as mesmas obrigações que as estrangeiras em termos de tributação
Campanha sugere que a mesma regra de isenção de impostos seja aplicada às empresas nacionais (Crédito: Reprodução)
Desde o último dia 1º de agosto, a Receita Federal passou a zerar a alíquota de importação sobre compras feitas em sites internacionais, com valor de até US$ 50.
A determinação do Ministério da Fazenda tem a proposta de fazer com que grandes plataformas de e-commerce, sobretudo gigantes asiáticas como Shopee e Shein, participem do Remessa Conforme, programa criado pela Receita para garantir mais informações e gerenciamento sobre as remessas e compras.
Em contrapartida, essas empresas terão, segundo o Ministério da Fazenda, tratamento aduaneiro mais célere e redução de custos em relação às atividades de deslocamento e armazenamento.
Embora não tenham de pagar impostos nessas compras internacionais, tais negociações ainda estão sujeitas à tributação de ICMS sobre as compras. Por meio do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, ficou estabelecida a cobrança de 17% de ICMS.
Até então, já eram isentas as compras online, no valor de até US$ 50, desde feitas de pessoas físicas. A nova diretriz do Remessa Conforme determinou que empresas também fossem incluídas nessa regra, desde que aderissem ao programa e às exigências da Receita Federal.
Confederação pede Comércio Justo
Em meio a essa mudança nas regras de importação, o assunto vem sendo bastante debatido nas redes sociais, já que as compras pela internet se tornaram hábito para muitas pessoas.
Enquanto muitos consumidores estão, de certa forma, apreensivos em relação à possibilidade de terem suas compras taxadas, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), colocou no ar, nessa quinta-feira, 10, a campanha Comércio Justo.
A iniciativa é uma forma de a entidade pleitear os mesmos direitos tributários para as empresas brasileiras.
Criada pela Calia, a campanha publicitária apresenta o conceito “Concorrência leal, isso sim é legal”, que pretende apresentar à sociedade a visão da Confederação a respeito da nova regra, que acredita ser prejudicial às empresas nacionais.
A comunicação está sendo veiculada nas emissoras de TV aberta, TV fechada e nas mídias digitais. Peças também estão sendo veiculadas em jornais e revistas. Veja o filme: