Cannes quer estimular sustentabilidade nas inscrições de 2023

Meio & Mensagem
17 de janeiro de 2023 - 12h33

(Crédito: Shutterstock)

Com a proposta de ter uma edição mais sustentável em 2023, sobretudo após ter enfrentado protestos e manifestações do Greenpeace no ano passado, a organização do Cannes Lions anunciou nesta terça-feira, 17, a adoção de critérios de sustentabilidade não-obrigatórios em suas categorias.

Na prática, as agências e marcas que inscreverem seus trabalhos no Festival serão estimuladas a relatar às emissões de carbono geradas por aquela peça publicitária.

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Não será obrigatório fornecer a informação e, de acordo com a organização, esses dados não serão utilizados como critério para a definição de prêmios.

A ideia, segundo o Cannes Lions, é compilar as melhores práticas em torno de ações sustentáveis e responsáveis na indústria da comunicação.

No comunicado, Simon Cook, CEO do Cannes, diz que a organização acredita que é responsabilidade coletiva promover ações de sustentabilidade por meio da criatividade. “É por isso que estamos incorporando a sustentabilidade em todos os prêmios do Lions este ano para informar as melhores práticas e apoiar as ambições do Ad Net Zero”, diz o responsável pelo Festival.

Doação dos valores das inscrições da categoria

Ainda dentro dos objetivos de tornar o Cannes Lions mais sustentável, a organização também comunica que irá direcionar todo o valor arrecado com as taxas de inscrição da categoria Sustainable Development Goals – cuja proposta é destacar trabalhos que promovam a sustentabilidade de forma criativa – serão doadas a cinco instituições de caridade que já foram vencedoras do Cannes Lions. Essas organizações receberão, no total, mais de 226 mil euros, relativos ao valor arrecadado em 2022.

As instituições escolhidas para receber as doações são: Comitê Paralímpico Internacional, Everybody Eats, Repórteres sem Fronteiras, Change the Ref e GEPAE.

Protestos do Greenpeace

A edição de 2022 do Cannes Lions foi marcada por uma série de protestos do Greenpeace no Palais des Festivals, local onde acontece a premiação. A ideia dos ativistas era pressionar a indústria a respeito dos riscos da publicidade de empresas poluentes, sobretudo as de combustíveis fósseis.