Assinar

Chatbots podem se tornar os novos pesquisadores de mercado

Buscar

Chatbots podem se tornar os novos pesquisadores de mercado

Buscar
Publicidade
Comunicação

Chatbots podem se tornar os novos pesquisadores de mercado

A Grimpa XD, empresa brasileira de consultoria em inovação, criou uma plataforma de pesquisa para entender o consumidor de forma mais espontânea, com a possibilidade de interagir com fotos, áudio e vídeos


11 de abril de 2017 - 9h00

Uma pesquisa de mercado pode ter várias nuances, indo de informações mais diretas até as opiniões mais subjetivas de cada consumidor. Um método ainda pouco explorado para a obtenção de insights é o uso de chatbots, muito embora eles tenham chamado atenção em campanhas e atendimento das marcas ao consumidor.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

A Grimpa XD, consultoria de inovação para agências e marcas com atuação há 5 anos, lançou neste mês uma plataforma – chamada On the Go – para pesquisas de mercado com “pesquisadores” especiais, os bots. Através de um site próprio ou de bots no Facebook, marcas podem encomendar pesquisas com a amostragem e grau de segmentação desejado (idade, localização geográfica, gênero, etc). Consumidores então interagem com o bot entrevistador com imagens, textos e áudio, agrupados no sistema para facilitar a leitura dos dados. Os resultados fornecem insights e pontos de vista complementares sobre determinado assunto.

“De dois anos para cá, temos trabalhado em novas estratégias e tecnologias para leitura e compreensão de dados. Pensamos em desenvolver um bot que melhorasse algum serviço: responder a uma pesquisa online era cansativo, envolvia acessar a um painel, digitar senha, era chato e cansativo. Os consumidores passam muito tempo em WhatsApp e Messenger, é uma interface onde as pessoas se expressam com muito mais naturalidade”, conta João Pedro Calixto (foto), sócio da Grimpa junto a Cacá Kawasaki. Cada bot realiza até 6 pesquisas simultâneas e, ao respondê-las, usuários recebem microrrecompensas da rede de parceiros, como créditos para celular e assinatura temporária no Deezer.

O primeiro anunciante a utilizar o modelo foi a Coca-Cola, em conjunto com a agência J. Walter Thompson. “Quando o assunto é pessoas, não se pode lidar de forma fria e automática. Quanto mais humanizado e sem fricção fosse o nosso método de trabalho, mais resultados verdadeiros e inspiradores receberíamos”, disse Patricia Pieranti, Senior Manager da Coca. A marca abordou três frentes investigativas com cerca de 360 respondentes. “Mais do que uma investigação qualitativa, é sobre você conseguir um diário criativo de cada um sobre o tema em questão em minutos”, complementou.

Um dos desafios é tornar o processo mais automatizado. No momento, a plataforma só funciona com roteiro pré-estabelecido, mas a Grimpa planeja desenvolver recursos de inteligência artificial para que os bots interpretem dados de acordo com o rumo da conversa. Ainda assim, João Pedro acredita que a pesquisa é um complemento a outros métodos, no sentido de qualificar uma pesquisa quantitativa.

Stella Pirani, diretora de planejamento da J. Walter Thompson, acredita que, ao utilizar o robô, é mais fácil extrair informações de qualidade, já que “não há moderação de desconhecidos, a formalidade da pesquisa online e as restrições técnicas da entrevista ao vivo”.

Na área de consultoria de tecnologia, a Grimpa já atendeu a outras marcas como Tramontina, Olympicus e Faber-Castell.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • “Mais que Mais Barato”: Extra quer resgatar conexão com clientes

    “Mais que Mais Barato”: Extra quer resgatar conexão com clientes

    Com campanha desenvolvida pela Africa Creative, supermercado anuncia reposicionamento de marca com foco no Rio de Janeiro

  • FirstCom e People2Biz entram para o mercado de influência

    FirstCom e People2Biz entram para o mercado de influência

    A partir da criação do grupo Human to Human (H2H), a Luis Claudio e Paulo Leal entram para o mercado de business influencer marketing