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Comunicação

Com recuo de 1,8%, Omnicom acelera contenção de gastos

Com exceção das áreas de relações públicas e healthcare, holding reportou queda em todas as disciplinas durante primeiro trimestre


28 de abril de 2020 - 17h11

Por Lindsay Rittenhouse, do Ad Age

Diante de baixa no primeiro trimestre, Omnicom continuará fazendo ajustes nos gastos e avaliando o desempenho de cada agência e segmento (Créditos: SpencerPlatt/GettyImages)

Nesta terça-feira, 28, o grupo Omnicom divulgou os resultados financeiros relativos ao primeiro trimestre de 2020: a receita líquida da holding atingiu um montante de US$ 3,4 bilhões no período – um recuo de 1,8% em relação ao ano passado – e crescimento orgânico de 0,3%.

A operação dividiu o resultado da receita relativa aos três primeiros meses do ano em áreas. Tiveram baixa os segmentos de serviços publicitários (- 0,1%), CRM de consumer experience (- 1,3%) e CRM em execução e suporte (- 0,9%). Por outro lado, tiveram alta as disciplinas de relações públicas (0,2%) e healthcare (9,6%).

Por região, o crescimento orgânico do Omnicom foi mais expressivo no Reino Unido (3,7%) e na Ásia (2%). Na América do Norte, houve alta de 1,7%. As regiões do Oriente Médio e África tiveram a queda mais brusca: 28,4%. Na América Latina, a receita caiu 5%.

“Embora tenhamos sentido um impacto parcial da Covid-19 no primeiro trimestre, isso certamente afetou nosso desempenho financeiro relativos às exceções que havíamos tido quando nos falamos pela última vez, em fevereiro”, disse o CEO e chairman John Wren durante o call com investidores nesta terça-feira, 28.

Ele informou que o Omnicom continuará a reduzir custos rapidamente, mas que as economias serão parcialmente compensadas pela queda na receita esperada no segundo trimestre.

Demissões, afastamentos e reduções nos salários já acometeram algumas redes do grupo, como DDB, BBDO, Zimmerman e TBWA. De acordo com Wren, os clientes mais vulneráveis na pandemia, como os dos segmentos de turismo, entretenimento, combustível, automóveis e varejo não essencial, começaram a cortar o investimento em marketing e, se isso continuar, mais afastamentos e demissões poderão ocorrer.

O executivo também disse que a companhia continuará avaliando o portfólio das agências para identificar serviços não-essenciais ou com desempenho abaixo do esperado para possíveis realinhamentos.

No primeiro trimestre, alguns negócios foram muito mais afetados pela crise do coronavírus, principalmente em março, observou Wren. Ele disse que, se em janeiro e fevereiro houve crescimento orgânico de 3%, o mês de março derrubou o índice.

“No primeiro trimestre, as disciplinas altamente impactadas foram as de eventos e field marketing. O adiamento das Olimpíadas e dos demais eventos esportivos também reforçaram os desafios”, afirmou. CRM, healthcare e relações públicas são as áreas que continuam com bom desempenho durante a pandemia, segundo o chairman.

Ele também comentou a saída de Wendy Clark do posto de CEO da DDB Worldwide – ela assumiu como CEO global da Dentsu Aegis –, dizendo estar “desconcertado” com o fato de ela sair “no meio de uma crise”.

*Crédito da imagem no topo: iStock

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