Com stop-motion e George Harrison, Apple conta história de Natal
Comercial da empresa fala sobre conflito em ambiente no trabalho e é embalado por Isn’t It a Pity, célebre canção do ex-beatle
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Meio & Mensagem
22 de novembro de 2023 - 6h00
O filme de Natal da Apple resolveu explorar o lado mais real dos sentimentos que rondam a festa de final de ano: os conflitos e as inseguranças permanecem presentes no dia a dia, em vez de desaparecerem como num passe de mágica para serem substituídos pelo tal espírito natalino.
Com quase quatro minutos de duração, “Fuzzy Feelings” conta a história de uma moça que recorre à criatividade de seu trabalho como stop-motion à noite para lidar com as dificuldades que está vivendo em seu emprego durante o dia.
O comercial intercala animação em stop-motion com cenas reais e tem direção de Lucia Aniello, da TBWA\Media Arts Lab, e da profissional de animação e stop-motion Anna Mantzaris.
Assim como é de costume nas campanhas da Apple, o filme demonstra o potencial dos produtos da marca. Geralmente, o stop-motion pede uma câmera profissional, mas a protagonista utiliza a câmera de 48 megapixels do iPhone 15 Pro Max para capturar a animação.
Levou quase um mês para criar a animação do comercial, entre fabricação dos bonecos e arranjos do set, todos feitos à mão. A cada dia, eram filmados de três a quatro segundos por dia e, no total, mais de dez imagens foram clicadas para gerar as cenas.
O que completa o clima da campanha é a presença de Isn’t It a Pity, canção que está no álbum All Things Must Pass, lançado por George Harrison em 1970. Na letra, o ex-beatle lamenta o fato de que as pessoas causam dor e partem o coração umas das outras, se esquecendo de que todos são iguais.
Tor Myhren, vice-presidente de comunicação e marketing da Apple, disse que a empresa percorreu um longo e sinuoso caminho – parafraseando outra célebre composição de George – até encontrar essa música.
“Testamos faixas originais, criamos músicas customizadas e testamos clássicos sentimentais. Mas, quando achamos essa canção do George Harrison, soubemos que era isso. A letra, a melodia, a guitarra – é como uma jornada espiritual. Li que foi rejeitada pelos Beatles. Mas é perfeita para a gente. Obrigado, George”. Assista ao filme:
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