Conar adverte Bombril por esponja Krespinha
Dois meses depois do produto ter gerado críticas nas redes sociais e ter saído de circulação, Conselho de Ética determina advertência à empresa
Dois meses depois do produto ter gerado críticas nas redes sociais e ter saído de circulação, Conselho de Ética determina advertência à empresa
Bárbara Sacchitiello
19 de agosto de 2020 - 11h56
Dois meses depois de ter gerado uma grande polêmica nas redes sociais – que levaram a Bombril a anunciar o fim da produção da esponja – o caso da Krespinha foi julgado pelo Conselho de Ética do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).
Por unanimidade, os conselheiros do Conar determinaram a sustação da mensagem publicitária referente ao produto e advertiu o anunciante.
Em junho, a esponja de inox, lançada na década de 1950, se tornou assunto nas redes sociais e gerou muitas críticas à Bombril pelo fato de um anúncio publicitário antigo do produto usar como ilustração a imagem de uma garotinha negra, fazendo uma alusão entra a esponja e o cabelo da menina. O termo #BombrilRacista foi um dos mais postados nas redes sociais naquele dia.No mesmo dia das críticas, a Bombril publicou em suas redes sociais um posicionamento sobre o assunto, informando que decidiu retirar a “Krespinha” de seu portfólio de produtos. A marca esclareceu que não se tratava de relançamento, mas sim de um produto que fazia parte da lista de produtos da companhia há 70 anos, fato que, segundo a empresa, não diminuía sua responsabilidade.
“Cada vez mais, em todo o mundo, as pessoas corretamente cobram das empresas e das instituições o respeito e a valorização da diversidade. Não há mais espaço para manifestações de preconceitos, sejam elas explícitas ou implícitas. A Bombril compartilha desses valores. E função disso, vamos rever toda a comunicação da companhia, além de identificar ações que possam gerar ainda mais compromisso com a diversidade.”, divulgou a empresa, em junho.
O Conar, na época, abriu um processo para avaliar o caso, que foi julgado pelo conselho de ética nesta semana.
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